Fabiana Sinfrônio, cantora gospel de JF, lança primeiro single

A cantora e compositora Fabiana Sinfrônio lançou na última sexta-feira (14) nas plataformas de streaming o seu primeiro single. “Tempo de cantar” é a primeira gravação após assinar contrato com a gravadora gospel MK Music, e chega acompanhado de videoclipe no canal da gravadora no YouTube. Moradora do Bairro São Benedito, a cantora faz sua estreia no universo profissional da música apenas aos 27 anos. A passagem do quase anonimato para o sucesso – por enquanto, na internet – se deu de forma muito rápida: de tudo aconteceu no espaço de pouco mais de oito meses

Bastou que Fabiana mergulhasse de cabeça nas redes sociais para o sonho se tornar realidade. “Tudo começou com a pandemia. Sempre cantei na igreja, e, como ficamos reclusos com a pandemia, em julho de 2020 comecei a gravar vídeos caseiros e postar no TikTok, e de repente eles começaram a viralizar”, conta. “Logo no mês seguinte, em agosto, a MK entrou em contato para gerenciar meu canal no YouTube, que estava meio parado. Assinamos e continuei com meus vídeos no TikTok, além de produzir material para o YouTube.”

Fabiana conta ainda que os vídeos no TikTok começaram de forma bem simples, com ela tirando os pais da cozinha para gravar. O primeiro vídeo que fez sucesso foi uma versão de “Resposta”, de Thalles Roberto. Aos poucos, essas gravações simples foram sendo compartilhadas por outras cantoras gospel, como Isadora Pompeo, Sarah Beatriz e Elaine Martins. Em poucos meses, os seguidores nas redes sociais dispararam: seu perfil no Instagram (@fabianasinfronioof) chegou a 123 mil seguidores, e o canal no YouTube passou de pouco mais de 300 para quase 22 mil inscritos, com vídeos que ultrapassam facilmente as 20 mil visualizações.

Em estúdio

Outra mudança de rumo se deu em março, quando ela decidiu fazer um pequeno vídeo para “Tempo de cantar”, música composta por ela em parceria com Bruno Nascimento. “Estava com essa música guardada e senti no coração que era hora de cantá-la. Já no outro dia tinha estourado no Brasil inteiro, e tudo se deu graças ao TikTok, e com isso vários artistas começaram a compartilhar, cantar versões – como fez a Bruna Karla, com milhões de visualizações -, e muitas pessoas pediram para que eu gravasse a música. A gravadora voltou a me procurar e propôs um contrato. No dia 12 de abril entrei em estúdio para gravar a música, e no dia seguinte gravamos o videoclipe”, comemora a artista, que promete mais novidades para breve, sem esquecer das plataformas digitais que a impulsionaram.

“A ideia é gravar vários singles, vamos conversar sobre os próximos passos depois do lançamento de ‘Tempo de cantar’. Já tenho duas músicas prontas para entrar em estúdio e que foram pré-aprovadas pela gravadora. E as pessoas estão pedindo mais canções, gente que tem dito que minha voz tem ajudado a enfrentar esses momentos difíceis durante a pandemia.”

Fabiana Sinfrônio procura, em suas composições, retratar o que vive e o que diz a Bíblia, além do cenário que as pessoas em geral estão vivendo. “‘Tempo de cantar’ é uma canção que traz esperança em um momento em que as pessoas estão vivendo tempos de choro, luto, e tento mostrar que ainda vai existir vida e conquista nas nossas vidas”, explica. “É preciso cantar músicas que tragam conforto, que ajudem as pessoas a continuar caminhando. Procura cantar músicas que ajudem as pessoas a verem que tudo vai valer a pena.”

Apoio da família e amigos

Até o momento, a carreira de Fabiana Sinfrônio ficou restrita, basicamente, a cantar em igrejas – ela frequenta a Igreja Metodista Central, localizada no Parque Halfeld – e festas de casamento. Tudo começou cedo, aos 12 anos, e desde então ela procurou se aperfeiçoar. “Comecei na igreja em que meus pais eram pastores. Meu irmão, Josué, já cantava na igreja, e isso me inspirou. Com 15 anos pedi a ele que me ajudasse a aprender a tocar violão. Passou três acordes e fui aprendendo. Com três meses, já tinha aprendido. Depois passei a tocar baixo e cantar, mas pensei que Deus tinha me dado algo diferente ao me dar uma voz grave”, relembra, acrescentando que sofria bullying na infância por causa do seu timbre.

Por conta disso, a principal influência musical de Fabiana é justamente uma cantora que também possui uma voz bem particular. “A primeira artista que posso dizer que me influenciou artística e pessoalmente foi a Fernanda Brum. Ela tem a voz grave também, e quando me sentia reprimida por ter a voz a grave, ela me serviu de exemplo. A Fernanda foi um dos motivos para ter continuado”, afirma. “Se ela, com aquela voz, inspirava as pessoas, eu também poderia. Pedi a Deus que minha voz alcançasse o coração das pessoas, e com a pandemia o mundo parou para me escutar, e em oito meses tudo isso aconteceu.”

Ao refletir sobre o que ocorreu nesses poucos meses, Fabiana afirma que o sentimento é de gratidão a Deus, em primeiro lugar, mas também ao apoio da família e amigos. “É algo inexplicável. Eu sou de Juiz de Fora e sempre tive agenda apenas nas igrejas da cidade, mas com a pandemia resolvi pegar meu violão, uma câmera, e lá na cozinha da minha casa comecei a gravar e postar na internet. Sempre tinha essa esperança no coração de que chegaria lá. Eu dizia: ‘Senhor, quero ser cantora, levar sua mensagem através da minha voz'”, conta.

“Mas sabe quando a gente acha que não vai conseguir por causa da questão financeira, por não ter dinheiro para gravar? Eu tinha a convicção de que iria realizar meu sonho, procurava me aperfeiçoar, mas ao mesmo tempo ficava com a sensação de que não seria fácil. Mesmo hoje eu penso ‘Deus do céu, como vai ser?’ A gente fica ansiosa, mas feliz, pois penso que tudo que está acontecendo é por conta da glória de Deus, que dita meu caminho, segura o leme e guia meu barco.”