Batalha de versos livres junto aos MCs de rap

O 4° Slam do Encontro acontece nesta quarta-feira (18), às 18h, na Casabsurda 703, junto ao mesão de desenho


Por Carime Elmor

18/04/2018 às 07h00- Atualizada 19/04/2018 às 16h24

Pedro Santos (Reset) e Déborah de Andrade fazem parte da organização do Slam do Encontro (Foto: Leonardo Costa)

O Encontro de MC’s é um coletivo de hip-hop de Juiz de Fora formado em 2011 que organiza festivais e batalhas independentes envolvendo todos os elementos do hip-hop, evidenciando o “conhecimento” e a vontade de propagar essa cultura na cidade. O forte do Encontro sempre foram as “rodas de sexta”, na Praça da Estação, onde ocorrem as batalhas de sangue, quinzenalmente, com os MCs de rap entregues à espontaneidade do free style. Pedro Santos (Reset) é MC e participa do Encontro há quatro anos, começou colaborando na produção e logo tornou-se MC. Seu ponto alto são as rimas improvisadas, mas se atentando para os slams que começavam a acontecer em Juiz de Fora, percebeu a potencialidade desta modalidade e trouxe para dentro do coletivo.

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O primeiro Slam do Encontro aconteceu durante o 2° Festival Absurdo, em julho de 2017, e teve, entre os poetas que se inscreveram, Chagas da Silva, Duda Masiero, Tiagreen e Ramon Machado, que são slammers desta batalha. Em outubro de 2017 realizaram uma segunda edição no Festival de 6 anos do Encontro de MC’s, até começarem, neste ano, uma parceria com o mesão de desenho que acontece semanalmente na Casabsurda 703. O 4° Slam do Encontro está marcado para esta quarta-feira, 18, às 18h e é aberto para todos, com um segundo momento destinado para uma Batalha de Tag, quem será o Slam Master desta edição é o poeta Chagas. “A gente quer criar uma periodicidade para os Slams do Encontro para que, como consequência, os poetas se sintam incentivados a escreverem novas poesias”, diz Reset. Dessa forma, uma vez por mês, o Slam do Encontro estará presente no evento da Casabsurda, unindo artistas ilustradores com poetas.

A aproximação do rap com os poetas slammers é intrínseca no Slam do Encontro. “A maioria dos nossos poetas são rappers, então tem gente que vai no slam e acaba recitando a letra da música. Nós temos a Blue Mary (Mariana Serdeira) que recitou o ‘Dois Cis’. O Sidjay também sempre faz isso”, conta Déborah de Andrade, que trabalha na produção do coletivo. “As pessoas acabam fazendo isso de teste, fazem o som, gravam a guia da música em estúdio e vão ao Slam e recitam a letra. O público opina, troca ideia, é um feedback que ajuda na criação. A Laura Conceição mesmo faz isso direto, a música ‘Tempos Efêmeros’ que saiu como single e clipe, ela já tinha recitado no Slam antes de soltar”, complementa Pedro, lembrando que a poeta foi a vencedora da última edição do Slam do Encontro.

Pedro Reset, que vestia um moletom do MC Hood, diz que a poesia de Mel Duarte, protagonista da cena nacional de Slam, já era inspiração para criar seus raps e conta que a poesia dentro do Encontro de MC’s começou a ser explorada, anteriormente à popularização de slams na cidade, por Giovani Verazzani, que promovia os saraus de poesia em meio aos eventos de hip-hop. “A gente está agregando o Slam ao Encontro de MC’s aos poucos, e tomara que mais poetas se inscrevam nesta edição”, espera Déborah.

 

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Mesão de desenho + Slam do Encontro + Batalha de Tag
Nesta quarta-feira (18), às 18h
Casabsurda 703 (Rua Barão de Santa Helena 703 – Granbery)

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