Requalificação do Espaço Mascarenhas pode ser concluída em 2021
Contrato para elaboração de projetos foi assinado nesta quarta, e recursos estão garantidos por financiamento já feito pela PJF
O contrato prevendo a elaboração de projetos complementares e projeto legal para a requalificação do Espaço Mascarenhas foi assinado nesta quarta (16), pelo prefeito Antônio Almas e pelo vencedor do concurso Fábrica Mascarenhas, o escritório Austral Studio, de Curitiba, no Paraná, representado pelo sócio Henrique Zulian. A contratação é mais um passo rumo à adequação do complexo compreendido entre a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Dr. Paulo de Frontim, no Centro de Juiz de Fora. O espaço, que inclui praças, a Biblioteca Municipal, o Mercado Municipal e o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, pode ser totalmente modificado no próximo ano. A previsão é do atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária (Sedeta), Jackson Moreira. Segundo ele, a equipe de transição para o novo Governo, que assume dia 1º de janeiro tendo Margarida Salomão como prefeita, manifestou-se positivamente pelo prosseguimento do trabalho.
O contrato prevê o pagamento de R$ 330 mil pelos projetos, com prazo final de até 150 dias para a elaboração de algumas peças. “A execução da obra tem a expectativa de 12 meses. No final de 2021 poderemos ter todo esse investimento e a execução do Espaço Mascarenhas concluída. O valor total é de R$ 5 milhões. O Finisa já está enquadrado nos aspectos orçamentários e cabe à nova gestão avançar na execução do projeto”, observa Moreira, referindo-se ao Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento voltado ao Setor Público da Caixa Econômica, programa que a Prefeitura contratou em 2019 e prevê a destinação de R$ 50 milhões, do total de R$ 90 milhões, para obras de infraestrutura no município.
Obra urgente, demanda histórica
“Esse projeto vem sendo trabalhado há bastante tempo pela Sedeta e pela Funalfa, no objetivo de conseguir a requalificação daquele espaço, uma demanda histórica do município”, pontua o secretário sobre uma urgência que, inclusive, limitou o acesso do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, com o segundo pavimento fechado nos últimos anos por recomendação do Corpo de Bombeiros. O projeto de requalificação de todo o complexo, além de sanar tais problemas, também conjuga outros valores, como a funcionalidade de todos os equipamentos contidos e uma redefinição do fluxo na Rua Dr. Paulo de Frontim. Na proposta vencedora, a via sofrerá uma elevação com blocos de concreto, uniformizando todo o piso do espaço.
O concurso foi promovido em parceria entre a Prefeitura de Juiz de Fora e o Instituto dos Arquitetos do Brasil. “Foi feita uma orientação em relação à integração da praça, reduzindo a velocidade dos carros que passam por ali. Quando vemos o projeto, enxergamos essa integração e a valorização do fluxo de pedestre, bem como do espaço verde”, elogia Jackson Moreira. Para o secretário, o projeto tem o poder de também requalificar a região central da cidade. “Temos um acervo extremamente nobre e rico do ponto de vista da história arquitetônica do país”, observa.