Distrito de Sarandira terá festival on-line de cinema

Inscrições para o Festival de Cinema Ambiental de Sarandira estão abertas até a próxima terça-feira


Por Júlio Black

16/04/2021 às 07h00

Primeira edição do festival de cinema do distrito será on-line, mas organização planeja versão presencial para os moradores (Foto: Suzana Markus/Divulgação)

A Associação Carabina Cultural e a Carabina Filmes estão com inscrições abertas até a próxima terça-feira (20) para a primeira edição do SaranCINE 2021 – Festival de Cinema Ambiental de Sarandira, que acontecerá de forma on-line entre 1º e 5 de junho. O evento exibirá curtas, médias e longas-metragens com temáticas ambiental, além de realizar palestras e debates. O evento será realizado por meio da Lei Aldir Blanc.

A ficha de inscrição está disponível no site carabinacultural.com.br, e podem se inscrever realizadores radicados no Brasil e com filmes produzidos a partir de 2018. Cada cineasta pode inscrever até três produções diferentes em cada categoria do festival (ficção, documentário ou animação com temática socioambiental). Os filmes devem estar disponíveis para visualização nas plataformas YouTube e Vimeo. O resultado da seleção será divulgado em 10 de maio, e a programação completa deve ser divulgada dez dias depois.

PUBLICIDADE

As mostras não serão competitivas, e todas as produções selecionadas receberão uma remuneração entre R$ 500 (curtas e médias-metragens) e R$ 1 mil (longas). Para participar do festival, as produções devem ter legendas em português, audiodescrição ou LSE (Legendagem para Surdos e Ensurdecidos). A exibição dos filmes será pela plataforma do Polo Audiovisual TV, enquanto os demais conteúdos serão transmitidos pelo canal da Carabina Filmes no YouTube.

Produção de documentário

A presidente da Associação Carabina cultural, Suzana Markus, conta que o festival era um projeto antigo, que a princípio juntaria o cinema com a culinária de Sarandira. Porém, o edital da Lei Aldir Blanc não contempla eventos gastronômicos, então a organização preferiu tentar a aprovação da primeira edição num formato mais enxuto e virtual.

A discussão sobre o meio ambiente é ponto central do evento, que terá ações ambientais e educacionais voltadas para a comunidade do Distrito de Sarandira. A programação terá como foco temas como inovação, soluções, criatividade e sustentabilidade na gestão ambiental.

“Sempre pensarmos em tratar dessa questão de conscientização ambiental, que precisa ser discutida não só em relação a Sarandira, mas por todo mundo”, afirma Suzana, que destaca ainda dois eventos que foram incluídos na programação do festival. Um deles é a produção e exibição do documentário “Preservar pra quê?”, que pretende mostrar o contraste que existe entre a população local e as organizações ambientais.

“Estamos apenas esperando passar a onda roxa em Sarandira para podermos gravar. Entramos em contato com alguns ambientalistas para trazer a visão deles, e queremos mostrar a relação da população de Sarandira com o meio ambiente e sua preservação. E levar isso também para a questão pessoal, do quanto esse envolvimento pode ajudar na autoestima e na valorização da vida desses moradores”, explica.

Também faz parte da programação o projeto “Uma casa, uma árvore”. De acordo com Suzana, a Regional Zona da Mata do Instituto Estadual de Florestas (IEF) vai doar mudas de árvores que serão oferecidas para toda a população do distrito. A intenção é incentivar os moradores a plantarem uma árvore em cada casa e, dessa forma, educar e conscientizar os moradores sobre a importância da revitalização ambiental, além de melhorar o paisagismo.

O conteúdo continua após o anúncio

Suzana espera que a primeira edição do Festival de Cinema Ambiental de Sarandira não se resuma ao virtual. “Nossa intenção depois da pandemia é fazer a parte presencial do festival com a comunidade de Sarandira, pois muitos não têm condições de obter conexão com a internet para assistir aos filmes.”

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.