Villani-Côrtes se torna imortal
O próximo ocupante da cadeira de número 11 da Academia Brasileira de Música será o juiz-forano Edmundo Villani-Côrtes. O pianista foi eleito na última semana e deverá tomar posse ainda esse mês, em data a ser definida. Arranjador de mais de 600 músicas, regente e compositor, ele substitui o compositor e educador musical brasileiro Mário Ficarelli, morto em maio passado. O assento, na academia fundada por Villa-Lobos, tem como patrono o músico Domingos Moçurunga e como fundador o conceituado Savino de Benedictis. “Foi uma surpresa muito boa. Nunca pensei que na vida seria ocupante de uma Academia Brasileira de Música, com pessoas de tanta experiência e talento”, emociona-se Villani-Côrtes, que completa 84 anos em novembro. Segundo ele, uma das pautas que pretende tratar na instituição, ao lado dos outros 39 acadêmicos, é a importância de se valorizar e reservar espaço para os músicos nacionais em concertos pelo Brasil. “Existe uma tendência a repetir apenas padrões tradicionais, os compositores internacionalmente reconhecidos”, comenta.