Cia. Sala de Giz estreia ‘Circo no sótão’ no Teatro Paschoal
O primeiro espetáculo infantil da companhia tem parceria com o Circo Euvira e apresenta palhaçaria e malabarismo
Conhecida por seu trabalho com espetáculos direcionados para o público adulto, a Cia. Sala de Giz embarca em sua primeira aventura dedicada ao público infantil. O grupo estreia neste fim de semana a peça “Circo no sótão”, que terá apresentações no sábado (12) e domingo (13), às 16h, no Teatro Paschoal Carlos Magno, após ser um dos projetos aprovados pelo edital de ocupação do espaço.
Além de ser o primeiro espetáculo dedicado às crianças, o projeto também marca parceria inédita com o Circo Euvira, num trabalho criativo a seis mãos. Integrantes do Sala de Giz, Bruno Quiossa e Felipe Moratori dividem o palco com Lucas Figueiredo, do Euvira, e também a concepção e direção da peça. O texto ficou sob responsabilidade de Bruno Quiossa. Segundo Felipe Moratori, um dos motivos para a aventura em um novo gênero foi a percepção de que Juiz de Fora possui uma demanda por espetáculos infantis de qualidade. “Como também nos entendemos como uma escola de teatro, consideramos ter um espetáculo infantil em nosso repertório”, justifica. “Tanto eu quanto o Bruno temos experiência com teatro infantil de outros espetáculos, mas com o Sala de Giz veio a necessidade de investigar essa linguagem. O desafio é entregar um bom conteúdo, e provocar o interesse das crianças para o teatro e o circo.”
Experiência
A ideia do projeto começou a ser gestada no final de 2018, quando entraram em contato com Lucas Figueiredo, e passou a tomar forma a partir de março deste ano. “Havia o desejo de fazer a parceria entre as duas companhias, mas ainda não havia um formato definido, um texto já escrito. Fomos criando essa história imaginando um encontro do teatro com o circo”, conta, além de destacar que a companhia já havia experimentado esse universo como pano de fundo no primeiro espetáculo da Sala de Giz, “O Circo do Quase Velhos”. “Era mais uma ambientação que uma vivência, o estudo a fundo veio com essa parceria.”
O resultado dessa combinação de vontades é a história de dois ladrões, Branco (Moratori) e Augusto (Quiossa), que acabam em um sótão de uma casa abandonada. É nesse local que eles se deparam com o amigo imaginário de Elvira, uma antiga artista de circo (Paula Rocha, que aparece na peça apenas em um vídeo que será exibido), o que vai disparar uma experiência entre as linguagens teatral e circense.
“É basicamente um jogo proposto pelo Lucas, um jogo clássico entre palhaços; é a palhaçaria, formato célebre do circo que nós estudamos e resolvemos experimentar”, adianta Felipe, acrescentando que, para isso, foi fundamental o que eles chamam de “mediação circense” de Lucas. “Ele me orientou para executar a parte em que meu personagem faz malabarismo, e também orientou na questão da palhaçaria. Além disso, assistimos a desenhos animados como ‘Tom e Jerry’, que é um clássico dessas figuras.”
Circo no sótão
Neste sábado (12) e domingo (13), às 16h, no Teatro Paschoal Carlos Magno (Rua Gilberto de Alencar s/n, Centro)