Rodrigo Ferreira abre mostra com fotos de Ibitipoca
Exposição carinhosamente chamada de “Ibiti” apresenta imagens digitais e analógicas da região
Cada cidadão de Juiz de Fora, que já subiu a Serra de Ibitipoca, tem uma história sobre como e quando conheceu a vila. Para o fotógrafo e videomaker Rodrigo Ferreira, seu encanto pela reserva já aconteceu por meio das lentes. A trabalho, participou da gravação do clipe “Breve delírio“, do Mc Oldi. “Foi quando eu conheci o Firma e junto com ele uma série de histórias da vila que só despertaram em mim um desejo ainda maior de explorar a cidade”, conta, referindo-se a um bar antigo em um cenário totalmente improvável. O “firma” é ponto de encontro onde a noite torna-se tão estranha quanto cair em uma história de Lewis Carroll. Tem galinha, cachorro, cabaça, cachaça, desenhos e um tanto de cacarecos que constroem a identidade do lugar. Desde essa data, Rodrigo passou a ir tanto a passeio, quanto a trabalho, sempre com sua câmera analógica registrando despretensiosamente.
Fez uma curadoria de tudo que produziu, inclusive cliques digitais e profissionais, e montou a exposição “Ibiti”, que será aberta nesta sexta-feira, 13, no Café Flux, no segundo andar da galeria Pio X, Centro. Nas imagens, tanto do Parque Estadual do Ibitipoca, quanto do próprio cotidiano moroso da vila, Rodrigo tenta sair do convencional nos ângulos e locais que buscou fotografar. Em algumas fotos, conseguiu criar uma espécie de padrão ou geometria através dos reflexos das águas das cachoeiras, muito bem explorados em seu trabalho, assim como a evidência das cores. “Registrar tudo isso não foi uma missão. Cada passo na cidade rende uma foto”.
O próprio texto de abertura da visitação traz esse misticismo que está na paisagem, e também em seu olhar: “Ibitipoca. Da Janela do Céu. Dos Macacos. Das Elfas. Dos lobos-guará. Das aves”, ele traduz. “Ibiti”, como carinhosamente é apelidada, é um agradecimento de Rodrigo em poder viver tão próximo da reserva e, por isso, ter tido a oportunidade de ver, rever e sempre redescobrir Ibitipoca em suas fotos. “Não que eu seja aqueles chatos que sai por aí fotografando tudo, pelo contrário, me controlo bastante para não banalizar a fotografia e o ambiente. Ibitipoca me deu fotos incríveis que vou guardar só no HD da minha memória, mas também me permitiu explorar minha fotografia de forma especial. Me serviu de cenário para ensaios, fotos divulgação e gravação de clipes, mas, além disso, me faz sempre lembrar que toda fotografia é única, que cada momento é único e que um vento é o suficiente para modificar nossa visão”, revela.
“Ibiti”
Abertura nesta nesta sexta-feira (13), às 18h. Visitação de segunda a sexta, das 9h às 19h, sábado, das 9h às 14h, no Café Flux (Galeria Pio X, 127, 2º andar, Centro)