Quinta-feira tem idosos juiz-foranos caindo no samba

Com animação para deixar muito folião jovem no chinelo, cerca de 500 integrantes desfilaram no bloco Recordar é Viver


Por Tribuna

08/02/2018 às 19h44- Atualizada 08/02/2018 às 19h53

De meia-arrastão, saltão e maiô, Sônia Dorotéia Rocha, de 71 anos, roubava a cena no cortejo (foto: Marcelo Ribeiro)

A animação dos cerca de 500 integrantes do bloco Recordar é Viver, que desfilou na tarde de quinta (8), estava para deixar muito folião jovem no chinelo. Formada por homens e mulheres atendidos pelo Centro de Convivência do Idoso (CCI), a agremiação levou ao Centro um enredo que comemora os 30 anos de convivência do serviço, composto por Raimundo Januário de Jesus, assíduo no CCI. Segundo a coordenadora do centro Rosângela Bonoto, o bloco, que já tem 22 anos, tem um papel importante na autoestima dos idosos. “É uma oportunidade de mostrar para a sociedade que a população idosa não apenas tem direito, mas gosta de participar desta festa popular grande e linda, que é o carnaval.”

De fato, o gosto pela folia ficava claro na paramentação de quem participou do bloco. De meia-arrastão, saltão, maiô com uma espécie de cauda de frufrus cor-de-rosa e adereços combinando o tom, Sônia Dorotéia Rocha, de 71 anos, roubava a cena no cortejo. “Vim de vedete e pronta para arrasar no rebolado! Sempre amei o carnaval”, diz ela, que já foi rainha de bateria das escolas de samba Partido Alto e Feliz Lembrança. No mesmo pique, o mestre-sala Haroldo Germano Vasconcelos, de 81 anos, comemorava dez anos no posto. “Ensaiamos só um pouquinho, vamos fazer umas ‘marmotas’ no desfile (risos). É um bloco muito bom, de muita alegria, boa convivência e respeito.”

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Toda orgulhosa, a costureira Geneci Gomes, “mas pode me chamar de Gigi”, de 75 anos, contemplava as fantasias que confeccionou para o cortejo. “Faz mais de 20 anos que ponho minha costura na rua, tenho muito orgulho de ver minhas criações nessa festa, é muito prazeroso”, diz ela, que trajava uma de suas criações, um lindo vestido prateado de um ombro só, com adereços da mesma cor. O desfile deixou a Praça Antônio Carlos pouco depois das 17h30, passou pela Rua Paulo de Frontin e seguiu pela Halfeld em direção à Câmara, onde houve a dispersão.

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