Alcione relembra sucessos em Juiz de Fora
Do samba às canções que sangram as dores do amor, Alcione é um dos nomes mais conhecidos da música popular no Brasil. Neste sábado (8), a Marrom se apresenta em Juiz de Fora, no La Rocca, com a turnê de divulgação do CD e DVD “Eterna alegria ao vivo”, gravado no Barra Music, no Rio de Janeiro, em 2013, e baseado no álbum de mesmo nome. No show, ela leva para o palco versões de “Difícil de aturar”, “Dama e o vagabundo”, “A dona sou eu” e “Romaria”, entre outras.
Apesar de profundamente identificada com o Rio de Janeiro – sendo, inclusive, uma das fundadoras do Clube do Samba ao lado de João Nogueira e Clara Nunes, entre outros -, Alcione nasceu em São Luís do Maranhão em 1947. Ela só se mudou para a então capital do Estado da Guanabara em 1968, vindo a trabalhar no Ministério da Fazenda e em uma loja de discos. A ligação com a música já vinha da infância. Antes de deixar o Nordeste, já havia se apresentado na local TV Maranhão. No Rio, ela começou a cantar em bares, clubes e boates graças ao amigo e também cantor Everardo, lançando seu primeiro compacto em 1972.
Três anos depois, a Marrom viria a alcançar sucesso estrondoso com a música “Não deixe o samba morrer”, de Edson Conceição e Aloísio Silva. A canção fazia parte do seu álbum de estreia, “A voz do samba”, que também trazia clássicos como “História de pescador” e “Batuque feiticeiro” (Candeia), “Todo mundo quer” (Ismael Silva), “O surdo” (Totonho e Paulinho Rezende), “A voz do morro” (Zé Keti) e “Acorda que eu quero ver” (Carlos Dafé).
Outros álbuns da cantora e compositora também alcançaram grande sucesso nos anos 70, entre eles “Alerta geral”, “Eu sou a Marrom” e “Pra que chorar”. As rádios tocavam diversas músicas de Alcione, entre elas “Sufoco”, “Gostoso veneno”. Pelas décadas seguintes, ela continuou a se manter entre as cantoras mais populares no país, interpretando diversos hits radiofônicos e que, muitas vezes, apareciam nas trilhas sonoras das novelas: “Nem morta”, “Meu vício é você”, “Estranha loucura” e as inigualáveis “Ou ela ou eu” e “Garoto maroto”, em que o amor, relacionamentos e as dores de cotovelo tocam ainda mais fundo o repertório da maranhense, que ainda tem grande identificação com a tradicional escola de samba Mangueira. A ligação com o samba, sempre tão forte em sua vida, fez com que ela fosse uma das fundadoras do Terreirão do Samba, no Rio, e recebesse a homenagem da Unidos da Ponte em 1994, com o enredo “Marrom da cor do samba”.
ALCIONE
Neste sábado, às 23h
La Rocca (Avenida Deusdedit Salgado 2.400)