‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ é o terror chegando ao MCU

Novo filme do Marvel Studios é dirigido por Sam Raimi, da trilogia do Homem-Aranha na Sony, e coloca Stephen Strange contra ameaças de outras realidades


Por Júlio Black

05/05/2022 às 07h00- Atualizada 09/05/2022 às 19h57

Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) terá que enfrentar outras versões de si mesmo na nova produção do Marvel Studios (Foto: Reprodução)

Após encerrar mais de uma década de histórias interligadas com o apoteótico “Vingadores: Ultimato”, o Marvel Studios encontrou-se diante de um desafio: como superar a maior saga da história do cinema, construída com a realização de nada menos que 22 filmes, dezenas de super-heróis e vilões e um final que fez o público vibrar e chorar como se tivesse perdido um ente querido nas salas de cinema de todo mundo? (E também continuar faturando bilhões a cada lançamento, claro).

Muita gente apostou em Galactus, “Invasão Secreta”, Adam Warlock, Beyonder e as “Guerras Secretas”, a “Saga da Fênix Negra”; ao final, acertou quem apostou no conceito do Multiverso, que estava nem tão oculto assim nos filmes do Homem-Formiga e no próprio “Vingadores: Ultimato”. E que está escancarado no título de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, nova produção do estúdio, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5).

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Com direção de Sam Raimi, conhecido por filmes de terror como a trilogia “Evil dead” e por dirigir os três primeiros longas do Homem-Aranha da Sony Pictures, a 28ª produção do MCU (Universo Cinematográfico Marvel) mantém a tradição do Marvel Studios de ter suas produções interligadas e dando continuidade (ou sofrendo os efeitos de) a eventos vistos em outros filmes e séries. No caso do segundo filme protagonizado pelo Doutor Estranho, quem tiver assistido às séries “WandaVision”, “What if…?” e “Loki”, mais “Homem-Aranha: Sem volta para casa”, não ficará perdido na trama, uma vez que todas essas produções lidam, em algum nível, com o conceito de Multiverso.

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“Eu vejo múltiplos universos, o tempo todo”

“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” tem roteiro de Michael Waldron, criador de “Loki”, e se passa após os eventos de “Homem-Aranha: Sem volta para casa”, que deixou nos fãs a quase certeza de que, ao romper o tecido que separa as diversas realidades, as ações de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) teriam consequências. Coincidência ou não, o outrora Mago Supremo é procurado por America Chavez (Xochitl Gomez), adolescente com o poder de vagar pelo Multiverso. Oriunda de outra realidade, ela chega até nosso universo após fugir – com a ajuda do Doutor Estranho de seu mundo – de uma entidade maligna que pretende absorver seus poderes, matando-a no processo.

A fim de protegê-la da ameaça, o Doutor Estranho procura Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), a Feiticeira Escarlate. Wanda, porém, está de posse do Darkhold, um livro de magia negra, e abalada pelos eventos de “WandaVision”, em que descobriu que seus filhos com o Visão (Paul Bettany) eram fruto de seus poderes, que permitem a ela alterar a realidade.

Ainda revoltada por sofrer o luto e ser tratada como ameaça enquanto os outros heróis, no geral, desfrutam de imensa popularidade após derrotarem Thanos em “Vingadores: Ultimato”, Wanda é um poço de amargura e ressentimento. Quando descobre a extensão dos poderes de America Chavez, ela vê a oportunidade de recuperar tudo que o mundo lhe arrancou, e o Doutor Estranho terá mais um problema a resolver – sem contar que personagens como Wong (Benedict Wong) e Karl Mordo (Chiwetel Ejiofor) estão na área para alertar sobre os riscos de mexer com o tecido da realidade ou cobrar os erros cometidos pelo mago no caminho.

Tendo um nome como Sam Raimi na direção, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” tem a expectativa de que o diretor consiga imprimir seu estilo no longa, que vem sendo anunciado como o primeiro “filme de terror” da Marvel. Mas, além dos elementos de horror e suspense, o público também especula se a comédia pastelão, que dividia espaço como terror gore de “Evil dead”, também terá espaço na história.

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O que é certo, entretanto, é que o Marvel Studios vai mergulhar ainda mais fundo no Multiverso, e o que não falta são especulações sobre quais personagens de outros universos cinematográficos aparecerão nas pouco mais de duas horas de exibição, que terá duas cenas pós-créditos. Até uma improvável aparição de Tom Cruise como Tony Stark (boato que rolou nos anos 90 quando se falou, pela primeira vez, de um filme do Homem de Ferro) tem sido esperada, mas uma coisa que aprendemos nesses quase 14 anos de MCU é que a maioria das especulações e “certezas” são, na verdade, mais desejo que realidade.

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