‘Planeta dos Macacos: A Guerra’ estreia nesta quinta

Filme encerra a trilogia iniciada em 2011 e tem os símios comandados por Cesar como protagonistas


Por Júlio Black

03/08/2017 às 07h05- Atualizada 03/08/2017 às 07h55

Sem conseguir a paz que tanto anseia, Cesar lidera sua comunidade contra os paramilitares que assassinaram seus semelhantes. (Foto: divulgação)

“Planeta dos Macacos: A Guerra”, principal estreia da semana nos cinemas brasileiros, marca o bem-sucedido encerramento da trilogia iniciada em 2011, reboot de um dos clássicos do cinema de ficção científica no último século. Trajetória bem diferente do remake dirigido por Tim Burton em 2001, que optou na época por apenas adaptar para um público diferente – e mais jovem – o longa de 1968 de Franklin J. Schaffner, inspirado na novela escrita pelo francês Pierre Boulle.

Matt Reeves, futuro diretor do próximo filme do Batman, volta ao posto assumido em “Planeta dos Macacos: O Confronto”, de 2014 – o primeiro longa do reboot, de 2011, foi dirigido por Rupert Wyatt. Os três filmes mostram como o homo sapiens foi deixando de ser a espécie dominante do planeta e substituído pelos macacos, diferenciando assim a atual franquia do filme original, em que nossa decadência se deu devido a uma guerra nuclear. Mas a culpa continuou sendo da humanidade, que em sua busca pela cura do Alzheimer criou inadvertidamente – como mostrado no primeiro longa – um vírus capaz de dizimar nossa espécie, ao mesmo tempo em que ela desenvolvia a inteligência de chimpanzés, gorilas e outros símios.

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Já o segundo filme mostrava um planeta em que a pandemia já havia matado parte considerável da população mundial, enquanto os macacos desenvolviam sua própria comunidade com milhares de membros. As poucas chances de paz entre as espécies são sepultadas em “O Confronto”, que abre espaço justamente para “A Guerra”.

A mais recente produção da trilogia tem como protagonistas não os humanos, mas sim os macacos, e tem muito menos guerra do que o título e os trailers fazem parecer. A comunidade liderada por Cesar (Andy Serkis, mais uma vez interpretando o primata por meio de captura de imagens) vive em aparente paz, isolada dos humanos, a ponto de acreditar que a raça humana já tenha chegado à extinção. É aí que entra o grupo de paramilitares comandado pelo coronel McCullough (Woody Harrelson emulando “Apocalypse Now”), que acredita que a salvação da humanidade se encontra no extermínio das pessoas infectadas e também dos primatas, neste caso mais por vingança que qualquer motivo razoável.

O confronto com a milícia de McCullough faz com que Cesar enfrente uma tragédia pessoal e tenha sua autoridade questionada pelos mais jovens, e a solução encontrada por ele é deslocar os sobreviventes para outro local enquanto um pequeno grupo vai até o quartel dos paramilitares a fim de vingar as mortes de seus semelhantes. É nessa jornada que Cesar terá que avaliar suas decisões e motivações, e que também levará ao confronto com os humanos e a algumas das revelações bombásticas de “Planeta dos Macacos: A Guerra”, que ajudam a levar a trilogia ao encontro do filme de 1968 – e, quem sabe, a um possível quarto filme, com os macacos dominando um mundo em que os humanos já seriam criaturas primitivas e escravizadas.

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