Funalfa lança edital do Teatro Paschoal, incentivando a produção local

Inscrições vão até 4 de junho para datas de 1° de julho a 23 de dezembro deste ano


Por Carime Elmor

03/05/2018 às 19h30- Atualizada 08/05/2018 às 15h08

Alterações na Lei Murilo Mendes 2018 também foram apresentadas durante coletiva de imprensa (Foto: Marcelo Ribeiro)

Aguardado pelas companhias de teatro, dança, artistas visuais em geral, músicos, contadores de histórias e realizadores do audiovisual local, o primeiro edital de ocupação do Teatro Paschoal Carlos Magno está aberto a partir desta sexta-feira (4) até 4 de junho para receber propostas das mais diversas áreas da arte e cultura, sem discernir prioridade de segmento nos critérios de avaliação que vão de zero a 100 pontos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (3) em coletiva de imprensa com a presença do prefeito Antônio Almas, do superintendente da Funalfa Rômulo Veiga e do diretor de cultura da Funalfa Zezinho Mancini.

A fim de incentivar a produção local, a atual gestão do teatro, que está nas mãos da Funalfa, decidiu que toda proposta que se enquadra como local, de acordo com o edital, já começará com 15 pontos à frente. As avaliações da comissão formada pela Funalfa com ajuda do Concult (Conselho Municipal de Cultura) vão até 15 de junho, e o resultado será divulgado no dia 19 do mesmo mês, com datas abertas para todo o segundo semestre, de 1° de julho a 23 de dezembro de 2018. As propostas podem ser entregues à Funalfa (Avenida Rio Branco 2.234 – Centro) pessoalmente ou pelos Correios.

PUBLICIDADE

LEIA MAIS:

Os oito critérios de avaliação norteiam o lema desta gestão, que visa democratizar o acesso ao teatro, bem como fazer com que a cultura produzida em Juiz de Fora seja melhor difundida e consumida pela própria cidade. Cada proponente poderá inscrever até cinco projetos para o Paschoal. O edital leva em conta a relevância, o nível de inovação e a qualidade dos trabalhos inscritos, a experiência do proponente na realização de eventos culturais, os mecanismos de formação de público e, ainda, a importância de ferramentas de democratização, dando espaço à acessibilidade.

Parceria cultural

O edital prevê que o proponente fique com 85% da bilheteria, enquanto a Funalfa receberá os 15% para retroalimentar o investimento público em cultura, seja na manutenção do teatro ou investindo no Fundo Municipal de Cultura. No entanto, haverá um valor mínimo a ser cobrado pelo uso do espaço, podendo variar de acordo com os dias da semana. Para a produção local, o custo é entre R$ 1.600 e R$ 2 mil por dia. Já as produções de fora deverão desembolsar de R$ 2.100 a R$ 2.500.

A fim de que os custos não sejam um empecilho para que o teatro receba uma programação diversa e que atenda a classe artística local, contemplando também as produções periféricas, a Funalfa prevê no edital o tópico “parceiro cultural”, em que a fundação dividirá a bilheteria independentemente de um valor mínimo alcançado.

A Funalfa ressaltou que eventos que tenham mais de cinco datas em seu cronograma e estejam no calendário da cultura local, como o Festival Primeiro Plano e a Campanha de Popularização do Teatro, estarão automaticamente enquadrados como “parceiro cultural”.

“Eu que sou artista de teatro de Juiz de Fora, espero por isso há muito tempo. O interessante no processo de criação deste edital foi o diálogo. Rômulo fez uma pesquisa a partir de editais de teatros do Brasil e trouxe uma primeira proposta para discutirmos no Concult. Fizemos seis reuniões extraordinárias somente para discutir os editais, para as opiniões não serem apenas ouvidas, mas postas em prática. A primeira proposta foi completamente desconstruída e reconstruída a partir do que entendemos que eram as demandas principais da cidade”, destacou Zezinho Mancini.

O conteúdo continua após o anúncio

Leia o edital: 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.