A palavra concreta


Por Tribuna

03/01/2015 às 07h00

“Caixa preta” é outra obra criada pelo poeta concretista e o artista plástico

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Uma das poucas opções para quem ficou em Juiz de Fora neste final se semana prolongado é a exposição “Poemóbiles/Caixa Preta”, em cartaz no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) até 1º de março. Devido ao recesso de final de ano, a mostra pode ser visitada das 13h às 18h no sábado e domingo, voltando ao horário normal na terça-feira. As duas obras foram criadas em parceria pelo poeta concretista brasileiro Augusto de Campos e o artista plástico espanhol Julio Plaza, numa tentativa de tornar físico um dos objetivos da poesia concreta, que é integrar o som, o sentido e a visualidade de cada vocábulo.

Na tentativa de ir além do formato tradicional do livro, os “Poemóbiles” são um conjunto de objetos tridimensionais que, ao serem abertos, viram livros-objetos. As páginas nestes novos formatos apresentam vocábulos escritos em estruturas geométricas ou orgânicas, transformando-se em “palavras geométricas”.

A união do texto sintético de Augusto de Campos e a inventividade geométrica de Julio Plaza podem ser conferidos, ainda, no raro “Caixa preta”, mais um exemplo do que pode ser chamado de “arquitetura em papel” ou “objetospoemas”. O livro tridimensional, igualmente aos “Poemóbiles”, tem na interatividade o seu forte ao permitir a seu “usuário” a oportunidade de “montar” o seu próprio livro. Devido às dificuldades para suas concepções, a exposição não será interativa, mas o público pode conferir o processo de leitura das obras. Além disso, as poesias “Vivavaias” e “Galáxias” estão nas paredes da Galeria Poliedro.

POEMÓBILES/CAIXA PRETA

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Terça a sexta-feira das 9h às 18h, sábados e domingos, das 13h às 18h.

Até 1º de março

Museu de Arte Murilo Mendes

(Rua Benjamin Constant 790)

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