Claudio Nucci volta a JF com show nesta quarta (3): boas lembranças
Cantor e compositor se apresenta ao lado da cantora Dri Gonçalves na Arteria
Das lembranças que o cantor e compositor Cláudio Nucci guarda de Juiz de Fora, está a de ter ouvido pela primeira vez, há muito tempo, a expressão “boca boa”. “Adorei e achei Juiz de Fora muito original. Além disso, com gente interessada em música, inclusive porque o público universitário era outro, adorava MPB”, afirma o artista, que retorna à cidade nesta quarta-feira (3) para se apresentar, às 20h, na Arteria, com Dri Gonçalves no show “Encontros”. “Depois eu voltei com a Banda Zil, nos anos 80, uma nos 90, e retornamos em 2014 para gravar nosso DVD, que estará no mercado no final desse mês”, adianta. “Também estive com Carlinhos Vergueiro, e em outra oportunidade com Danilo Caymmi. Já estava com saudades de cantar de novo na cidade.”
Nesse retorno a terras juiz-foranas, Cláudio Nucci pretende apresentar um repertório abrangendo toda sua carreira e incluindo menções a compositores que o motivaram no início de sua trajetória, como Chico Buarque, Edu Lobo e Milton Nascimento. “E, claro, as canções que marcaram minha passagem pelo Boca Livre, as que viraram temas de novela, enfim, um bom apanhado de cada fase, de composições que contaram com parceiros importantes como Paulinho Tapajós, Luiz Fernando Gonçalves, Mú Carvalho, Zé Renato, Juca Filho, Cacaso, Paulo César Pinheiro e outros.”
Definindo-se como um “cantautor”, o artista sobe ao palco acompanhado pelo seu violão de cordas de aço, sem banda, tem como segunda companhia a cantora Dri Gonçalves, que de acordo com ele vai promover um contraponto vocal interessante. “Por ter um registro vocal grave (ela contralto, eu tenor), as duas regiões se encontram bem no uníssono e combinam muito nos vocais. Assim podemos, por exemplo, cantar ‘Diana’ (Toninho Horta e Fernando Brant) com uma vocalização que remete ao arranjo original do Boca Livre”, explica. “Dri traz também outros ingredientes e canta comigo alguns clássicos, como ‘Correnteza’ ou ‘Ronda’, e algumas novidades musicais frescas, vindas de compositores da nova cena carioca, como Rafael Lorga e Elvis Marlon.”
Assim como tantos outros colegas, Cláudio Nucci segue em frente como artista independente, situação que ele diz encarar com “tranquilidade, persistência, entusiasmo” e encantado com as novas gerações, que para ele têm muito talento e coragem. Tenho aprendido muito com eles. A indústria fonográfica se reconfigurou. O streaming nas plataformas é a nova forma de se ouvir música, também a imagem dos vídeos se tornou mais importante para divulgação, mas existem os que não abrem mão de pegar um produto físico, abrir, colocar no aparelho, ler o encarte… Meus produtos estão todos no Spotify, Deezer, iTunes, Amazon etc., mas não abrimos mão de vender CDs nos shows. Meus dois álbuns mais recentes (‘Revisita Caymmi’ e ‘Integridade’) estarão na Arteria para quem quiser levar nossa música para casa”, avisa, deixando ainda a expectativa por projetos futuros.
“Estamos num momento de afirmação da arte pelo trabalho constante e diário, pela renovação e inovação nas práticas e, sobretudo, pela fidelidade às nossas origens. Sempre adorei trabalhar com música, seja compondo, escrevendo, produzindo, tocando, cantando… Tem muitos novos projetos rolando, em todas essas áreas. Aguardem!”
“Encontros”
Show com Claudio Nucci e Dri Gonçalves nesta quarta-feira (3), às 20h, na Arteria (Rua Chanceler Oswaldo Aranha 535 – São Mateus)