Pai e suspeito de abusar de menina prestam depoimento


Por Sandra Zanella

30/09/2016 às 12h57

A Polícia Civil continua investigando o caso de estupro de vulnerável envolvendo uma menina de 12 anos, descoberto no último domingo, após a vítima dar entrada na UPA de São Pedro com ferimentos e infecção na região vaginal. Na manhã desta sexta-feira (30), o pai da garota, suspeito de explorar a filha sexualmente desde os 9 anos, e um homem, 26, com quem ela manteve um relacionamento recentemente, prestaram depoimento.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o pai da menina está preso no Ceresp cumprindo pena por tráfico de drogas. A titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Ione Barbosa, que está à frente das investigações, informou que ele negou ter obrigado a filha a se prostituir. Ele havia sido denunciado pela mãe da garota. Ao prestar declarações, o homem confessou que usava drogas em casa, mas alegou que não consumia entorpecentes na frente da menina. “Ele também nega que mandava a menina pedir dinheiro na rua.”

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Já o homem que estaria namorando a vítima desde maio até antes de ela dar entrada na UPA, alegou que não tinha conhecimento da idade dela. Ele afirmou que a menina mentiu, dizendo ter 17 anos, e acrescentou ter terminado com ela ao descobrir sua verdadeira idade. Ainda segundo a delegada, as investigações prosseguem, e a menina passa bem. Ela foi examinada quinta-feira no HPS por um médico legista. Na quarta, a paciente foi ouvida pela delegada e sua equipe no hospital. A mãe dela também já prestou depoimento.

No domingo, a garota foi levada à UPA Norte pela madrinha após reclamar de dores. Ela foi encaminhada ao HPS e submetida a exame de corpo de delito, além de procedimentos conforme o Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos). Ao ser contatada pela PM, a mãe dela revelou que a filha sofria violência sexual desde os 9 anos, porque seria aliciada à prostituição pelo próprio pai, preso atualmente. O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar o caso.

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