Juiz de Fora tem mais leitos para pacientes com suspeita de febre amarela

Além do Hospital João Penido, HU é referência para atendimento a pessoas com sintomas graves da doença


Por Rafaela Carvalho e Bárbara Riolino

30/01/2018 às 19h52

O Hospital Universitário (HU/Ebserh) da Universidade Federal de Juiz de Fora tornou-se o segundo hospital de Juiz de Fora que é referência para tratamento da febre amarela. O HU Santa Catarina, juntamente com o Hospital Regional João Penido, já está recebendo pacientes classificados com sintomas moderados e graves, de acordo com protocolo adotado para identificação de casos suspeitos. Com isso, a cidade passa a oferecer mais leitos para tratar pacientes com sintomas da doença, oriundos de Juiz de Fora e de municípios da região.

Segundo o superintendente de Saúde da região, Oleg Abramov, desde a última sexta-feira (26), houve acréscimo de 50% no número de leitos disponibilizados para atender pacientes com suspeita da doença em Juiz de Fora. De acordo com ele, o índice tem aumentado todos os dias, também em razão da maior sensibilidade de diagnóstico para possíveis casos de febre amarela. “À medida em que o João Penido dá alta para alguns, os leitos são reservados para novos pacientes. Além disso, tratamos os pacientes suspeitos como se já tivessem a doença confirmada, afim de evitar agravamentos.”

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A decisão de tornar a unidade Santa Catarina do HU o segundo hospital de referência da cidade partiu da “sala de situação”, órgão que atua no controle epidemiológico da doença e onde são concentradas todas as informações sobre febre amarela, implantado também na sexta. Além de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), da Superintendência Regional de Saúde (SRS) e da Secretaria de Saúde do Município, a sala de situação conta com membros dos dois hospitais e do Samu, responsável pela regulação.

“Ainda estamos estruturando essa modelagem de duas unidades de referência, mas já está definido que os casos suspeitos são regulados pelo Samu, que os conduz a um desses hospitais de acordo com a disponibilidade de leitos. Isso garante celeridade ao atendimento a pacientes com suspeita de febre amarela”, explica Oleg. Ainda conforme o superintendente, assim é possível garantir a concentração dos atendimentos para que as equipes tenham mais expertise para lidar com os casos.

Fluxo de atendimento

O superintendente Oleg Abramov ressaltou que, apesar dos dois hospitais serem a referência para os casos suspeitos de febre amarela, a população deve continuar seguindo as orientações de buscar unidades de saúde mais próximas de sua residência, como as UBSs, para atendimento em casos de sintomas leves. Quando há suspeita, por parte do próprio paciente, de agravamento dos sintomas, unidades de urgência e emergência, como as UPAs, podem ser acionadas. Os sintomas mais comuns nestes casos são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos, por cerca de três dias.

Nos casos considerados como moderados ou graves por profissionais de saúde que atenderem os pacientes, eles serão direcionados pelo Samu para atendimento no João Penido ou no HU, onde serão assistidos por equipes especializadas. Na forma mais grave da doença, é comum que os sintomas reapareçam após cerca de dois dias de bem-estar, e podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. O paciente também pode manifestar hemorragias gastrointestinais por meio da evacuação de fezes negras e vômito negro de sangue digerido.

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