Prefeito anuncia novos comboios para abastecimento em Juiz de Fora

São 39 caminhões, divididos para carregamento de gasolina, etanol, óleo diesel, gás de cozinha, ácido clorídrico e transporte de carne; postos de gasolina utilizados inicialmente para serviços essenciais estão disponíveis a todos os motoristas


Por Marcos Araújo e Fabíola Costa (colaborou Eduardo Valente)

29/05/2018 às 15h49- Atualizada 29/05/2018 às 20h05

Comboio saiu de Juiz de Fora com destino à refinaria de Duque de Caxias (Foto: Marcos Tesch)

Uma nova escolta de segurança está sendo organizada para seguir até a Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30), com concentração marcada para a Avenida Deusdedit Salgado, no Salvaterra, e saída prevista para o meio-dia. A informação foi divulgada pela Prefeitura, que articula o comboio junto com as forças de segurança. Os caminhões deverão atender, além dos serviços de transporte, o de combustíveis e gás de cozinha, gêneros alimentícios, de saúde e todos os itens de abastecimento da cidade. A Polícia Militar, conforme a Prefeitura, fará uma vistoria nos veículos antes do início da viagem. A medida é mais uma ação estratégica para garantir o restabelecimento da oferta de bens e serviços essenciais em Juiz de Fora.

Nesta terça-feira (29), o prefeito Antônio Almas (PSDB) divulgou que mais comboios, com partida de Juiz de Fora, saíram em direção ao Rio de Janeiro apoiados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar para o abastecimento de combustível e outros itens na cidade. O chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da PRF, Leonardo Facio, confirmou que, até a divisa de Minas com o Rio, a ação era feita pela PRF e pela PM e continuava apenas com a PRF no Estado do Rio de Janeiro. Facio informou que o comboio era composto por 39 caminhões, divididos em 13 veículos para carregamento de gasolina; cinco para etanol; nove, de óleo diesel; oito, de gás de cozinha; um; de ácido clorídrico; e três caminhões para o transporte de carne.Os 18 caminhões destinados ao carregamento de gasolina e etanol têm capacidade de 540 mil litros.

PUBLICIDADE

Como serão liberados 20 litros para cada veículo, como prevê o decreto da Prefeitura, esse total será suficiente para o abastecimento de 27 mil veículos, ou seja, 12,5% da frota emplacada em Juiz de For, que é de 215.506 carros, motos, ciclomotores e motonetas. Por outro lado, para abastecer toda a frota – considerando carros, motos, ciclomotores e motonetas – seriam necessários 143 caminhões de combustível com capacidade de transporte de 30 mil litros por viagem.

Em seu pronunciamento, Antônio Almas ressaltou que, com a vinda do primeiro comboio de combustíveis nesta terça, havia sido suprida a necessidade emergencial dos serviços essenciais da Prefeitura e da reserva técnica, garantindo a operacionalização nos próximos dias. Segundo a 4ª Região de Polícia Militar, o apoio da PM está sendo prestado aos caminhões para transporte de combustíveis e gás com destino a Duque de Caxias (RJ).

LEIA MAIS

Região crítica

A Zona da Mata empata com o Sul de Minas no segundo lugar entre as regiões mais críticas em relação ao abastecimento de postos em Minas. Só perde para a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Este foi o resultado de pesquisa divulgada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) na tarde desta terça-feira (29). A pesquisa foi respondida por 140 revendedores do estado.

Fiscalização contra abusos

A fiscalização do reabastecimento na cidade foi intensificada, nesta terça, através do Procon, visando a inibir preços abusivos, considerando o Código de Defesa do Consumidor. A ação contou também com a Guarda Municipal, os fiscais de Posturas Municipais, da Secretaria Municipal de Atividades Urbanas e da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Saúde, que estão dando apoio para o cumprimento do decreto de situação de emergência.

A Settra, em parceria com as Polícias Militar e Civil, também reforçou a fiscalização do abastecimento prioritário destinado aos táxis. Segundo a Settra, a denúncia de que alguns motoristas estão abastecendo, comercializando ou estocando esse combustível e retornando para a fila, será rigorosamente apurada, com severa punição aos infratores, que podem inclusive perder suas permissões de atuação e responderem a processo judicial. O órgão reforça que o momento é de conscientização pelo bem coletivo e pela garantia do abastecimento dos serviços essenciais na cidade.

Outros postos da cidade, que mesmo não estando no primeiro comboio e que conseguiram viabilizar a comercialização de combustível, também estão sendo fiscalizados pela força-tarefa feita pelo Procon, Settra e SAU para o cumprimento da definição de aquisição limitada de 20 litros do produto por dia e também pela priorização dos serviços essenciais.

O conteúdo continua após o anúncio

Minaspetro orienta revendedores do interior

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) afirma que tem acompanhado notícias de postos de combustíveis que solicitam escolta aos batalhões de Polícia Militar (PM). “Sobre este movimento, o sindicato ressalta que não tem nenhuma interferência institucional, sendo ele feito de forma espontânea pelo próprio empresário.”

A sugestão do Minaspetro, enquanto representante dos mais de 4.300 postos mineiros, é para que os revendedores – especialmente no interior – procurem a PM, a prefeitura local e os demais órgãos competentes para operacionalizar o reabastecimento dos postos. Por fim, o sindicato relembra que os revendedores têm o compromisso junto ao Ministério Público e ao Procon-MG de não praticarem preços abusivos, sob pena de serem enquadrados nos crimes contra economia popular, ordem econômica e ordem tributária. Nestes casos, reforça a entidade, o dono do posto poderá ser preso.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.