Banco de Leite retoma serviço de pasteurização em Juiz de Fora

Segundo a Secretaria de Saúde, atendimento foi normalizado e interessados em parcerias podem entrar em contato com o órgão


Por Leticya Bernadete

28/02/2019 às 18h36- Atualizada 28/02/2019 às 19h55

O Banco de Leite Humano de Juiz de Fora voltou a pasteurizar o produto na cidade. Conforme publicado pela Tribuna na última quarta-feira (27), o leite estava sendo processado em Betim, o que diminuiu o volume de distribuição para unidades de saúde na região. Entretanto, representantes do serviço afirmaram, nesta sexta-feira (28), que o trabalho de pasteurização já está totalmente normalizado.

Por conta do remanejamento dos funcionários da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac) que atuavam no órgão, os servidores da Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) assumiram o serviço e precisaram passar por um processo de capacitação em Belo Horizonte, seguindo as normas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), referência da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano. Enquanto isso, o serviço em Juiz de Fora foi orientado a encaminhar o leite recolhido para Betim, para não desabastecer o município. “Nesse período de transição da equipe, todo o esforço da Secretaria de Saúde foi feito para que as crianças que estão nas UTIs das maternidades não ficassem prejudicadas. Enquanto essa equipe era capacitada em Belo Horizonte, essas crianças não deixaram de ser atendidas nas unidades”, explica Nádima Albuquerque, chefe do Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA) da pasta.

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Os postos de coleta de leite são conveniados aos bancos de leite humano. Como o serviço realiza o trabalho de pasteurização, tendo suas próprias despesas, o Banco de Leite fica com 50% do produto processado, em um trabalho de contrapartida. Assim, os postos recebem o leite analisado e pronto para ser administrado, tendo o trabalho exclusivo de orientação e incentivo à doação. “Foi exigido que fizéssemos essa capacitação e, enquanto isso, para que não acontecesse nenhuma eventualidade, foi orientado pela referência encaminhar o leite para Betim. Como todo lugar, quando você manda um leite, existe uma parceria que nós tivemos que firmar. Eles tiveram os custos deles, então existe essa contrapartida, e 50% do leite pasteurizado tinha que ficar lá, de acordo com as conformidades”, pontua Silvia Raquel, coordenadora interina do Banco de Leite de Juiz de Fora.

Doações

Com o serviço normalizado, hospitais que não têm postos de coleta podem, também, solicitar doações ao serviço, que segue critérios de prioridade para distribuição do leite pasteurizado. No entanto, as instituições que desejarem colaborar com o Banco de Leite podem estabelecer convênio. “Nós estamos de portas abertas para receber os hospitais interessados em firmar parceria de postos de coleta e, também, em fornecer o leite necessário aos recém-nascidos”, diz Rosane Alves, farmacêutica e responsável técnica pelo serviço em Juiz de Fora. Para isso, é necessário enviar e-mail para bancodeleitejf@gmail.com ou entrar em contato pelo telefone 3690-7436.

Já as mães que querem doar devem entrar em contato pelo mesmo número ou comparecer ao Banco de Leite, na Rua São Sebastião 772, Centro. Uma ficha é preenchida e é realizada avaliação médica a fim de verificar se a mulher está apta ou não a doar. O Banco oferece todo o material necessário, como toucas e frascos, bem como orientação, além de buscar as doações e realizar atendimento domiciliar. Ao contrário do que muitos acreditam, a doação de leite não interfere na amamentação dos bebês. “A mãe amamenta o filho e tira o excesso. Quanto mais ela tira, mais ela produz”, explica Silvia Raquel.

Os exames médicos têm validade de seis meses, devendo ser renovados após esse período. Para maior comodidade, o Banco de Leite firmou parceria com o Laboratório Central (Lacem) e com o programa DST/Aids da Secretaria de Saúde. “Eles cederam uma cota dos exames laboratoriais para agilizarmos os resultados dessas mães”, diz a coordenadora. Desta forma, a partir de março, o material para avaliação também será coletado nas residências das doadoras.

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Tópicos: saúde

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