Homem é preso por estuprar adolescente de 16 anos em motel

Suspeito teria se apresentado à vítima como PM do Rio e foi imobilizado com choque por policiais de JF


Por Sandra Zanella

27/11/2017 às 12h23

Uma adolescente de 16 anos foi estuprada dentro de um quarto de motel e abandonada na porta do estabelecimento, no fim da noite de sábado (25), às margens da antiga Estrada União e Indústria, próximo ao Bairro Vila Ideal, na Zona Sudeste de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar, o suspeito do crime é um homem de 52 anos, que teria se apresentado à jovem como policial militar no Rio de Janeiro. Ele foi preso em flagrante em sua casa no Bairro Santa Cecília, região Sul, após um médico legista apontar conjunção carnal com indícios de violência sexual na vítima.

A adolescente foi encontrada pelos militares pouco antes da meia-noite à beira da rodovia. Ela estava no chão, chorando e reclamando de muitas dores. Ao ser questionada sobre o ocorrido, apenas disse seu nome e continuou queixando-se. O Samu foi acionado e, durante os primeiros socorros, percebeu que a paciente estava com sangramento nas partes íntimas. Dentro de sua bolsa também foram encontradas roupas com resquícios de sangue.

PUBLICIDADE

A adolescente foi levada para o HPS, onde foi medicada, passou por exames e foi liberada. Mais calma, ela revelou aos policiais que havia sido vítima de violência sexual. Ela contou ter ido para o motel passar o dia com o suspeito, mas, depois de acabar a cocaína, o homem começou a querer manter relações sexuais. Além de ter sido estuprada, a jovem afirmou ter sido agredida com socos durante o ato. A vítima acrescentou que o agressor estaria armado com uma pistola ponto 45 e havia declarado ser policial militar no Rio.

 

Quebradeira e fuga

Após o relato da adolescente, a PM seguiu até o motel onde ocorreu o crime. Uma funcionária informou que o o homem e a adolescente haviam dado entrada por volta do meio-dia. Cerca de nove horas depois, foi ouvida uma quebradeira vindo da suíte. Em seguida, o cliente pagou a conta e deixou o local em uma moto amarela. Os policiais conseguiram localizar o endereço do suspeito no Santa Cecília e seguiram até a residência dele. A esposa, 49, atendeu a porta e disse que o marido estava dormindo. A moto com as mesmas características daquela utilizada na fuga estava na garagem.

Diante das evidências, militares foram até o quarto onde o suposto estuprador estaria e, diante da resistência dele em destrancar a porta, entraram à força. O suspeito teria apresentado comportamento agressivo, dificultando a colocação de algemas, e acabou sendo imobilizado com arma de choque. Ele precisou ser conduzido ao HPS para retirada dos dardos lançados contra ele com o armamento não letal.

A PM ainda fez buscas na casa na tentativa de encontrar a pistola que estaria em poder do homem, mas a arma não foi localizada, sendo apreendida apenas uma porção de cocaína achada no quarto do suspeito. Conforme o registro policial, ao ser perguntado sobre as denúncias, ele confirmou que esteve no motel com a vítima, mas negou ter abusado dela, alegando que a relação havia sido consensual. Ainda segundo a PM, duas ocorrências anteriores retratam um histórico violento do homem. Em uma delas, em outubro, ele teria intimidado vizinhos dizendo ser policial federal, após seu cão ter ficado solto em via pública e supostamente ter tentado atacar pessoas.

O conteúdo continua após o anúncio

O suspeito foi levado para a 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha. Segundo a assessoria da Polícia Civil, ele teve o flagrante confirmado por estupro, conforme o artigo 213 da Código Penal, e foi encaminhado ao Ceresp, onde permaneceu à disposição da Justiça. A pena quando a vítima é menor de dezoito anos, mas maior do que 14, varia de oito a 12 anos de prisão.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.