Exército: militares de Juiz de Fora seguem para Roraima, na Operação Acolhida

Serão 45 homens e mulheres de quarteis na cidade participando da ação destinada a recepcionar e apoiar os imigrantes Venezuelanos


Por Michele Meireles

27/08/2021 às 10h29- Atualizada 27/08/2021 às 10h33

A 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, sediada no Bairro Mariano Procópio, região Nordeste de Juiz de Fora, enviará cerca de 120 homens e mulheres para atuarem na Operação Acolhida, em Boa Vista (RR). A operação é destinada a recepcionar e apoiar os imigrantes que ingressam no país pela fronteira a partir da Venezuela. De acordo com agências da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de cinco milhões de venezuelanos já deixaram o país desde 2018, e o Brasil é considerado o 5º maior destino dessa população.

A 4ª Brigada é responsável por quarteis de Juiz de Fora, Belo Horizonte, São João del-Rey e Petrópolis (RJ). Dos 120 militares, 45 são de unidades de Juiz de Fora. Todos passaram por um processo de seleção, onde foram avaliados o perfil profissiográfico e a higidez física.

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Posteriormente, foram vacinados contra diversas moléstias e o coronavírus.

Eles começam a atuar no dia 3 de setembro e integram o 12º Contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária.

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Apoio à família

Neste sábado (28), o Comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha realizará uma formatura de despedida dos militares. Como a participação em missões dessa natureza, que implica em um afastamento temporário da cidade em que reside, de cerca de 5 meses, podendo ser prorrogado por mais um mês, a Seção de Assistência Social da Brigada de Montanha desenvolve um programa específico de apoio aos militares e suas famílias que permanecem em Juiz de Fora,

O trabalho conta com uma equipe multidisciplinar, com apoio de saúde, psicológico e administrativo.

Operação Acolhida

A Operação Acolhida teve início em março de 2018, quando o fluxo migratório na fronteira se intensificou, causando um grande número de desabrigados e impactando negativamente os serviços públicos nas cidades de Pacaraima e Boa Vista. Além do Exército Brasileiro, atuam na área o Ministério da Cidadania, Polícia Federal (PF), Receita Federal (RFB), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), entre outros.

A ação desenvolve-se em três eixos. O primeiro é ordenamento da fronteira, que se caracteriza pela recepção, identificação, imunização, triagem e o acolhimento do imigrante. Em seguida é feito o abrigamento, que é a oferta de abrigo temporário, alimentação, segurança e atendimento à saúde. A última etapa é a interiorização, onde o imigrante é deslocado voluntariamente para outros estados da Federação para ser inserido no mercado de trabalho.

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