Professor de artes marciais é suspeito de agredir criança de 3 anos

Crime foi descoberto pela namorada do lutador e mãe do menino autista


Por Sandra Zanella

27/07/2017 às 14h18- Atualizada 27/07/2017 às 14h55

Um professor de artes marciais de 29 anos é suspeito de espancar um menino de apenas 3 anos, filho da namorada dele, uma cabeleireira, 23. O caso foi registrado como lesão corporal pela Polícia Militar no início da noite desta quarta-feira (26), após a mãe da criança chegar à casa do companheiro, no Centro, e encontrar lesões pelo corpo do filho, que é autista. Segundo o registro policial, ao ser questionado sobre as marcas, o lutador alegou que o menino teria caído, mas a mulher ficou desconfiada e insistiu, sendo informada pelo suspeito que tais ferimentos haviam sido causados porque ele havia “corrigido” a criança.

Revoltada, a jovem discutiu com o homem e deixou a residência dele junto com seu filho em direção à rua, acionando a PM pelo 190. O suposto agressor chegou a ir atrás dela até a via pública, mas, ao perceber que ela havia chamado a polícia, fugiu do local antes da chegada das viaturas. Apesar do rastreamento na região, o suspeito não foi localizado.

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A cabeleireira contou aos militares que havia deixado a vítima na casa do companheiro porque ele havia relatado a ela que queria passar um tempo com o menino. A mulher deixou a criança na residência do namorado às 15h40 e, quando retornou por volta das 17h30, encontrou o filho dormindo em uma cama. Ao acender a luz, no entanto, a jovem reparou a presença de manchas escuras no corpo do garoto, dando início à discussão.

Com a chegada da PM, a criança foi levada para atendimento médico no HPS, sendo acompanhada pela mãe. O garoto passou por exames conforme o Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos). Segundo o registro policial, a médica responsável não constatou ato libidinoso, mas confirmou lesões na criança, descritas em relatório não divulgado. A vítima também foi atendida no setor de trauma, sendo constatada hiperemia (congestão sanguínea) na região do tórax. A mãe ainda foi orientada a providenciar exame de corpo de delito na delegacia.

Revolta

A violência envolvendo uma criança indefesa chocou parentes da vítima. Eles denunciaram a agressão nas redes sociais, afirmando que o garoto sofreu lesões e escoriações pelo corpo e também no rosto. Os familiares acrescentaram que o suspeito “apresenta personalidade muito agressiva, com casos registrados de violência contra a mulher”. Segundo a assessoria da Polícia Civil, o crime está sendo investigado pela 7ª Delegacia.

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