UFJF lança campanha em banheiros por respeito à diversidade


Por Nathália Carvalho

25/11/2015 às 18h12- Atualizada 26/11/2015 às 07h53

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Carolina Bezerra e reitor em exercício Marcos Chein iniciam divulgação da campanha (Foto: Divulgação/Caique Cahon)

A UFJF lançou, nesta quarta-feira (25), a campanha “Libera meu xixi”, que pretende combater a transfobia em espaços públicos. Cartazes com os dizeres “Aqui você é livre para usar o banheiro correspondente ao gênero com que se identifica” estão sendo espalhados próximos a banheiros de toda a instituição. Inicialmente, os adesivos serão colados nas entradas dos banheiros de toda a Reitoria, mas o objetivo, conforme a assessoria da universidade, é que as outras unidades também façam adesão ao projeto em breve.

A diretora de Ações Afirmativas da UFJF, Carolina dos Santos Bezerra, explica que o principal objetivo desta ação é sensibilizar as pessoas e combater o preconceito contra os transgêneros, no sentido de afirmar que existe um respeito à diversidade na universidade. “As pessoas são livres para usar o banheiro de acordo com sua identidade de gênero. Queremos criar um ambiente que aceite, acolha e respeite as várias orientações. O trabalho da diretoria é estar próxima de alunos, professores e toda a comunidade acadêmica, de forma a ponderar os diversos posicionamentos, sejam eles progressistas ou tradicionais. É um trabalho de escuta, diálogo e sensibilização, que pretende a mudança de postura contra qualquer tipo de preconceito, racismo ou fobia. É um papel muito importante se pensarmos o contexto em que estamos vivendo.”

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Ela explica que a campanha nasceu a partir de uma demanda dos estudantes, por meio do movimento Ocupa UFJF. “A partir daí, estudamos a melhor forma de realizarmos este trabalho, pesquisamos símbolos e cartazes, até que encontramos esta ação do ‘Libera meu xixi’. Entramos em contato com o grupo criador, pedimos autorização e adaptamos a frase.”

Em fevereiro, o Conselho Superior (Consu) da UFJF aprovou o uso do nome social para estudantes e servidores da instituição, o que permitiu a transexuais, travestis e transgêneros usar documentos de identificação com esta denominação, ao invés dos nomes civis. O nome social é usado quando uma pessoa não se identifica com sua identidade de gênero. Em março deste ano, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República publicou resolução número 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, que recomenda o uso de banheiro e uniforme escolar de acordo com a identidade de gênero.

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