Cães visitam faculdade em projeto de aproximação com agentes penitenciários

Cerca de 200 alunos participaram das duas visitas do Grupo de Operações com Cães do Ceresp à Universo


Por Vívia Lima

25/10/2017 às 08h01

(Foto: Dalmo Lopes Netto)

Aproximadamente 200 alunos dos cursos de Direito, Administração e Serviço Social da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) receberam a visita da labradora Nina e do pastor alemão Rassam do Grupo de Operações com Cães do Ceresp (GOC). As visitas, que ocorreram às 10h30 e às 20h30 desta terça-feira (24), integram o projeto Desencarcerando Olhares. A iniciativa é promovida pela faculdade, e os alunos fazem visitas técnicas às unidades prisionais de Juiz de Fora, como o próprio Ceresp,  e as penitenciárias José Edson Cavalieri e a Ariosvaldo Campos Pires. O projeto tem como objetivo dar visibilidade ao trabalho e à profissionalização dos agentes prisionais.

“Essa categoria geralmente fica esquecida e sofre com preconceitos. A sociedade precisa mudar a visão sobre eles, que, às vezes, são lembrados como carcereiros, pessoas que batem, são violentas. Essa visão precisa ao mudar”, declarou a responsável pelo projeto, Luciana Maider. Já o coordenador do GOC, Dalmo Lopes Netto, ressaltou que as apresentações auxiliam na difusão do trabalho dos profissionais. “Os cães são adestrados e, apesar de serem treinados para atuar em situações específicas, como para a segurança e detecção de explosivos, eles são sociáveis. Essa oportunidade de mostramos aos graduandos é uma das formas de colocar o agente penitenciário como profissional, além de desmistificar a profissão”.

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Desencarcerando Olhares

O projeto é baseado em visitas técnicas às unidades do sistema prisional de Juiz de Fora e tem o intuito de conhecer de perto a realidade das pessoas privadas de liberdade, além de compreender o papel dos profissionais que administram e gerem essas instituições. O foco é perceber como a sociedade, por meio de preconceitos, acaba tornando invisível a população carcerária, além de combater à violência, estruturar políticas públicas e reconhecimento aos direitos humanos.

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