Polícia Civil estoura dois galpões clandestinos na Zona Norte de Juiz de Fora
Locais seriam usados para a fabricação de materiais de limpeza, como desinfetantes e água sanitária; cinco pessoas foram conduzidas
A Polícia Civil estourou, na manhã desta quinta-feira (25), dois galpões que seriam usados clandestinamente para a fabricação de materiais de limpeza, como desinfetantes e água sanitária, na Zona Norte de Juiz de Fora. A investida dos policiais da 3ª Delegacia foi motivada por denúncia anônima e resultou na condução de cinco pessoas que trabalhavam no local, situado na Avenida Vereador Raymundo Hargreaves, no Bairro Fontesville.
De acordo com o delegado responsável pela ação, Rodolfo Rolli, os funcionários trabalhavam sem equipamentos de proteção individual (EPIs) e também descumpriam as determinações da onda roxa do programa Minas Consciente, na qual só é permitido o funcionamento dos serviços considerados essenciais. Outro agravante, segundo ele, é que não havia químico responsável pelos procedimentos, o que é obrigatório. “Estavam praticando crime contra a saúde pública em plena pandemia.” O delegado também disse que será averiguado possível crime ambiental, já que atrás dos galpões passa um córrego, onde poderiam estar sendo despejados rejeitos da fabricação dos materiais de limpeza.
As cinco pessoas encontradas no local foram conduzidas à 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha, para prestarem esclarecimentos. Segundo a Polícia Civil, elas assinaram termo de compromisso para comparecimento posterior ao Juizado Especial Criminal e, por causa da pandemia, deverão responder por “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, conforme o artigo 132 do Código Penal.
O advogado do responsável pela fábrica acompanhou os trabalhos. Segundo Rolli, o suspeito será investigado pela prática de crime contra a saúde pública, sonegação fiscal e possível delito ambiental. Também serão apuradas infrações relacionadas às relações de trabalho.
A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e a Vigilância Sanitária foi acionada para fazer a interdição dos dois galpões, que continham uma infinidade de produtos de limpeza e de materiais usados na fabricação.