Polícia Civil estoura dois galpões clandestinos na Zona Norte de Juiz de Fora

Locais seriam usados para a fabricação de materiais de limpeza, como desinfetantes e água sanitária; cinco pessoas foram conduzidas


Por Sandra Zanella

25/03/2021 às 11h30- Atualizada 25/03/2021 às 18h09

De acordo com delegado responsável pela operação, proprietários da fábrica praticavam crime contra a saúde pública em plena pandemia (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil estourou, na manhã desta quinta-feira (25), dois galpões que seriam usados clandestinamente para a fabricação de materiais de limpeza, como desinfetantes e água sanitária, na Zona Norte de Juiz de Fora. A investida dos policiais da 3ª Delegacia foi motivada por denúncia anônima e resultou na condução de cinco pessoas que trabalhavam no local, situado na Avenida Vereador Raymundo Hargreaves, no Bairro Fontesville.

De acordo com o delegado responsável pela ação, Rodolfo Rolli, os funcionários trabalhavam sem equipamentos de proteção individual (EPIs) e também descumpriam as determinações da onda roxa do programa Minas Consciente, na qual só é permitido o funcionamento dos serviços considerados essenciais. Outro agravante, segundo ele, é que não havia químico responsável pelos procedimentos, o que é obrigatório. “Estavam praticando crime contra a saúde pública em plena pandemia.” O delegado também disse que será averiguado possível crime ambiental, já que atrás dos galpões passa um córrego, onde poderiam estar sendo despejados rejeitos da fabricação dos materiais de limpeza.

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As cinco pessoas encontradas no local foram conduzidas à 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha, para prestarem esclarecimentos. Segundo a Polícia Civil, elas assinaram termo de compromisso para comparecimento posterior ao Juizado Especial Criminal e, por causa da pandemia, deverão responder por “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, conforme o artigo 132 do Código Penal.

O advogado do responsável pela fábrica acompanhou os trabalhos. Segundo Rolli, o suspeito será investigado pela prática de crime contra a saúde pública, sonegação fiscal e possível delito ambiental. Também serão apuradas infrações relacionadas às relações de trabalho.

A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e a Vigilância Sanitária foi acionada para fazer a interdição dos dois galpões, que continham uma infinidade de produtos de limpeza e de materiais usados na fabricação.

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