Resultado do Liraa aponta maior conscientização dos juiz-foranos

Apesar de o índice de 0,7% ser o menor dos últimos três anos para o mês de outubro, combate ao Aedes aegypti deve prosseguir, principalmente com a chegada das chuvas


Por Rafaela Carvalho

24/11/2017 às 07h00- Atualizada 24/11/2017 às 07h47

O resultado do último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), realizado em outubro, apontou que os juiz-foranos podem estar mais conscientes sobre a importância de combater o Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. O índice de 0,7% é considerado satisfatório, de acordo com parâmetros do Ministério da Saúde. Apesar disso, é necessário intensificar as ações de prevenção, já que a reprodução do vetor é facilitada durante o período chuvoso, fator que aumenta os riscos de novas infestações e até de novas epidemias.

O levantamento apontou que a Zona Norte continua sendo a região com maior índice de infestação, seguida pelas zonas Leste e Sul. Ainda conforme a avaliação, realizada entre os dias 16 e 20 de outubro em 208 bairros da cidade, 88% dos focos estão nas residências. O resultado é considerado positivo pela Vigilância Epidemiológica, que avalia, ainda, que o ideal seria que todos os focos fossem eliminados.

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Quanto menor o índice, melhor. Mas só o fato de o resultado estar dentro do parâmetro aceito pelo Ministério da Saúde já é visto com bons olhos na cidade. O índice é o menor para o mês de outubro registrado nos últimos três anos. Em outubro de 2015, o Liraa apontou infestação de 2,5%, caindo para 1,6% no mesmo mês do ano passado. A maior conscientização pode estar relacionada à epidemia vivenciada em Minas Gerais e no município no fim de 2015 e no início de 2016.

O Liraa é um estudo feito por amostragem. No total, 5.593 imóveis foram vistoriados. O Liraa é um mapeamento rápido do índice de infestação. O município é dividido em 13 extratos, que unem bairros próximos de acordo com características de imóveis semelhantes. São pesquisados de 430 a 450 imóveis em cada um dos extratos e, a partir disso, é verificada a presença dos tipos de criadouros e da quantidade de focos encontrados. Depois, o índice é calculado. O objetivo é verificar aonde estão os criadouros para que as ações sejam feitas naqueles locais.

No total são realizados cerca de três levantamentos por ano. Em janeiro, o índice foi de 3,4%. Em março, o Liraa apontou risco de epidemia, com índice de 4,8%. Apesar disso, conforme a Secretaria de Saúde, até este mês foram notificados 222 casos de dengue. Foram confirmados no município dois casos de chikungunya e 7 de zika.

Monitoramento

Todas as orientações de combate ao Aedes aegypti devem ser mantidas por todos os juiz-foranos, principalmente porque o Liraa foi feito em período de estiagem, mas o período chuvoso já teve início. É essencial que a população continue verificando possíveis criadouros e eliminando objetos que possam acumular água.

Entre as orientações para combater o Aedes estão a verificação semanal de possíveis criadouros do mosquito, como ralos, calhas, baldes, vasos de plantas, vasos sanitários não utilizados, garrafas, pneus, entre outros. Outra ação importante é se proteger de possíveis picadas com a utilização de repelentes e inseticidas. No caso das gestantes, o cuidado deve ser redobrado, principalmente para evitar complicações em casos de zika. São indicados o uso de roupas de mangas compridas e telas nas residências.

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