Adolescente de 14 anos é morto a tiros na Vila Ideal
Crime pode ter ralação com briga entre gangues da região Sudeste
A Polícia Civil investiga o assassinato de um adolescente de 14 anos, alvejado por dois tiros no rosto disparados pelo ocupante de um carro, na noite do último sábado (21), em frente a um bar na Vila Ideal, na Zona Sudeste de Juiz de Fora. O crime chocou pela pouca idade da vítima e elevou para 110 o número de mortes violentas este ano na cidade, conforme levantamento da Tribuna. A estatística leva em conta também os óbitos ocorridos posteriormente em hospitais, mas em decorrência de ações criminosas, e inclui casos de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo informações da Polícia Militar, o local onde aconteceu o crime, na Avenida Francisco Valadares, é conhecido como ponto de venda de drogas. Ainda conforme a PM, o homicídio pode ter relação com as disputas entre gangues ligadas ao tráfico na Vila Olavo Costa, mesmo bairro onde a vítima residia.
Os militares foram comunicados sobre os disparos pouco depois das 20h e encontraram Marcos Paulo Oliveira Barbosa caído no chão, mas ainda consciente, apesar da perda de sangue. Vários populares estavam ao redor do adolescente, tentando reanimá-lo e segurando seu rosto. O Samu foi acionado, chegou a realizar os primeiros socorros no local e encaminhou a vítima para atendimento médico no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus. No entanto, o jovem não resistiu e faleceu momentos depois de dar entrada na unidade.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma pessoa que estava perto do bar no momento do crime relatou ter visto um Celta branco parando próximo ao local. Um suspeito teria desembarcado e permanecido na esquina da rua. Logo depois, ele sacou uma arma de fogo e abriu fogo contra Marcos Paulo. Conforme o relato, após os estampidos, clientes e pessoas presentes no estabelecimento se assustaram e correram. O carro envolvido fugiu em direção à parte alta da Vila Ideal.
Um suspeito, 19, chegou a ser apontado e seria morador do Furtado de Menezes, na mesma região. Ele pertenceria a uma gangue da Olavo Costa e estaria atacando desafetos como vingança. Segundo o registro policial, o proprietário do bar disse apenas ter ouvido o barulho dos tiros e não ter visto de onde partiram. Os militares fizeram intenso rastreamento e foram à casa do suspeito, mas ele não encontrado, e ninguém foi preso.