Desaparecimento de paciente continua sem resposta


Por Guilherme Arêas

23/03/2017 às 19h17

Carlos Henrique Leandro foi levado à unidade de saúde no dia 23 de julho de 2016 para fazer um exame na perna, por conta do diabetes, e nunca mais foi visto (Foto: Arquivo pessoal)
Carlos Henrique Leandro foi levado à unidade de saúde no dia 23 de julho de 2016 para fazer um exame na perna, por conta do diabetes, e nunca mais foi visto (Foto: Arquivo pessoal)

Nesta sexta-feira (24) completam oito meses de angústia para a família do pedreiro Carlos Henrique Leandro, de 51 anos, que desapareceu após ter sido internado no Hospital João Penido. Natural de Matias Barbosa, ele foi levado à unidade de saúde no dia 23 de julho de 2016 para fazer um exame na perna, por conta do diabetes, e nunca mais foi visto. Desde então, os parentes do pedreiro buscam uma resposta para entender o que aconteceu.

Sem retorno do hospital e da polícia, a família procurou, em janeiro desse ano, as promotorias de Saúde e de Direitos Humanos. “Para nossa surpresa, na quarta-feira (22) recebemos uma carta nos informando que a Promotoria de Direitos Humanos não teria condições de acompanhar o caso. Já na Promotoria de Saúde, o promotor Jorge Tobias acolheu o caso e nos informou sobre a preparação para processo investigatório. Estamos preparados para tudo. Se a investigação não servir para nós, que sirva para as outras 27 famílias que estão vivendo a mesma angústia que a nossa”, pondera Maria José Leandro, irmã de Carlos Henrique.

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De acordo com o promotor Jorge Tobias, a Promotoria de Saúde não tem o papel de investigar o desaparecimento, e sim a Polícia Civil. O que a promotoria vai investigar são as condições do serviço de saúde que está sendo prestado pelo Hospital João Penido. Para isso, segundo ele, um inquérito já foi instaurado. “O nosso objetivo é verificar como está sendo prestada a assistência à saúde no Hospital João Penido para que eles adotem medidas, evitando assim, que casos como esse volte a acontecer”, explica o promotor.

Enquanto isso, a família sofre com a falta de notícias. “Agora vai entrar o frio, e ficamos pensando em como estará ele, se está ao relento, se tem agasalho. Essa espera é muito sofrida”, afirma Maria José.

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