Taxista tenta encontrar passageiro que pagou R$ 1.300 por corrida de R$ 13

Motorista ainda não conseguiu encontrar homem para devolver o dinheiro, debitado após valor ter sido digitado de forma equivocada


Por Sandra Zanella

21/12/2021 às 19h47

Um passageiro não identificado pagou cem vezes mais por uma corrida de táxi, no começo da madrugada do último domingo (19), na Zona Sul de Juiz de Fora. Desde então, o taxista que efetuou a corrida busca contato com o homem para fazer a devolução do dinheiro, cujo valor foi pago a mais por conta de um erro ao usar a máquina de cartão.

Logo que percebeu o erro de digitação no pagamento a débito efetuado na máquina de cartão, o taxista Daniel Aparecido de Oliveira, 35 anos, retornou para tentar encontrar o homem no ponto de desembarque, na Avenida Rio Branco, altura do Bairro Alto dos Passos, mas não conseguiu localizá-lo. Para se resguardar e buscar um meio de devolver o dinheiro, o condutor seguiu até a sede da 32ª Companhia da Polícia Militar, no Bairro Santa Luzia, onde registrou um boletim de ocorrência.

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“Eu peguei o senhor na Rua São João (Centro) e o levei até um supermercado 24 horas”, contou Daniel em entrevista à Tribuna. O passageiro teria pedido para ele esperar que fizesse uma compra no estabelecimento e, depois de discordarem sobre o próximo destino, resolveram encerrar a corrida por ali. “Ele mesmo colocou a mão na máquina, e o valor de R$ 13 foi para R$ 1.300. Só percebi depois, e retornei ao local, mas ele não estava mais lá. Decidi fazer um boletim de ocorrência, até para me prevenir, para não poder falar que o extorqui, porque tem tanta injúria no nosso país. Também fiz o BO para tentar entregar o dinheiro a ele, mas até agora não entrou em contato comigo.”

Rodando na praça há oito anos como motorista auxiliar, Daniel disse que esse foi o primeiro caso de pagamento equivocado. “Já esqueceram celular, bolsa e compras no carro, mas sempre consegui devolver.” Como ele não possui câmera no táxi e não sabe a identidade do passageiro, está com dificuldade para localizá-lo. “A melhor coisa que tem é a honestidade. Esse dinheiro não é meu, estou acostumado com o que é meu. Não consegui tomar providência para cancelar ou estornar o valor porque foi debitado, já caiu direto na conta”, justificou ele, que espera poder fazer a devolução.

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