Marcha ‘Axé Zumbi’ reúne movimento negro


Por Tribuna

21/11/2015 às 17h11- Atualizada 21/11/2015 às 18h45

marcha1_fernando
Foto: Fernando Priamo/21-11-15

Cerca de cem pessoas desceram o Calçadão da Rua Halfeld, no início da tarde deste sábado (21), para lembrar e enaltecer a história de Zumbi dos Palmares. A Marcha Axé Zumbi, que está na quinta edição, contou com a participação de representantes de grupos ligados ao movimento negro do município e também de políticos. Entre eles, os vereadores Roberto Cupolillo (Betão, PT), autor do projeto de lei que faz do dia 20 de novembro feriado municipal, em homenagem a Zumbi, Jucélio Maria (PSB) e Antônio Aguiar (PMDB).

Nem mesmo a chuva atrapalhou o movimento que, no entanto, chegou a ser interrompido por alguns minutos, logo no início, quando as precipitações se intensificaram. Depois de descer o Calçadão, o grupo seguiu em direção à Praça Antônio Carlos, onde uma série de atividades está programada para até as 22h, com rodas de capoeira e shows de samba. Entre eles, o de Flavinho da Juventude, homenageado durante a marcha, intitulada “O quilombo grita!”.

PUBLICIDADE

Para a presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Zélia Lúcia Lima, a Semana da Conscientização Negra em Juiz de Fora termina com vitórias. “Estamos super felizes com o reconhecimento e a garantia do feriado em homenagem a Zumbi dos Palmares, sancionado ontem (sexta-feira) pelo prefeito Bruno Siqueira. Zumbi foi o primeiro negro a formar um quilombo, dando coragem para outros se mobilizarem contra a escravidão. Ele é um dos grandes heróis da abolição da escravatura no país”, disse.

Autor do projeto de lei, Betão também falou sobre os direitos da população negra. “A Semana da Conscientização foi diferente este ano, porque as discussões ganharam muita repercussão em razão do projeto. Quando criamos esta lei, sabíamos das pressões que seriam exercidas, mas tínhamos a certeza da importância que é este feriado. Juiz de Fora foi uma cidade escravocrata, e esta história, pouco contada, não pode ser esquecida.”

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.