Menina de 5 anos comemora aniversário com a PM

Nathally ganhou de presente uma farda e ainda uma boneca vestida de policial na festa que teve bolo, pipoca e guaraná


Por Renan Ribeiro

21/04/2018 às 07h00

Nathally ganhou de presente uma farda e ainda uma boneca vestida de policial na festa que teve bolo, pipoca e refrigerante (Foto: Marcelo Ribeiro)

Sem fadas, sem princesas, sem os desenhos animados da atualidade. A comemoração do aniversário de 5 anos de Nathally teve como fantasia uma farda da Polícia Militar completa, com direito a quepe e penteado em coque, presente dado pelos millitares. “Cabo Nathally”, foi assim que ela foi apresentada pelos corredores do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM), cenário que fazia parte dos sonhos da criança e que se tornou local de uma festa na tarde dessa sexta-feira (20). Ela chegou em uma viatura, com uma expressão de surpresa, quando foi recepcionada pelo boneco “PM Amigo Legal”. Em seguida, a banda da PM tocou canções infantis. De mãos dadas com os oficiais, a menina foi apresentada aos corredores e dependências do Batalhão, desde o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), até a sala do comandante.

A história da criança, que foi nomeada pelos militares de “a menina do abraço”, começa com a instalação do projeto da Base Comunitária Móvel no Bairro Granjas Bethânia no ano passado. “Nós nos dedicamos a um contato mais próximo para a recuperação das instalações da escola. Para prevenir justamente o vandalismo, os danos à estrutura. Nesse tempo, a Nathally se tornou uma fã. Quando via um policial militar, vinha correndo, solicitava abraços, fazia questão de cumprimentar”, explica o comandante do 2º BPM, tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues de Oliveira. A mãe de Nathally, Frankielle Montez, confirmou que, dessa admiração, surgiu o pedido da festa de aniversário com o tema Polícia Militar. “No desfile de 7 de Setembro do ano passado, ela começou a dizer que queria ser policial e médica. Se Deus quiser, vai ser. Ela também me pediu que a festa de aniversário dela fosse sobre a polícia. Tentei tirar a ideia da cabeça dela, porque seria difícil conseguir, mas ela insistiu. Entrei em contato com os policiais, pedi que ela pudesse visitar o quartel e hoje ela foi surpreendida com essa festa. É o sonho dela, ficamos muito emocionadas”, revelou a mãe da menina, que pretende que filha tenha condições de conseguir se tornar uma médica da Polícia Militar.

PUBLICIDADE

Comovidos com o carinho da criança, os militares se reuniram, fizeram um rateio e elaboraram o encontro, feito na sala do comandante. Lá, além do bolo, docinhos, salgadinhos, pipoca, refrigerante e balões, a menina também ganhou presentes. Entre eles, uma boneca vestida de farda, assim como a aniversariante. “Eu adorei. Ela é igual a mim.”

pm3edpm5edpm1edpm2edpm4ed
<
>
(Foto: Marcelo RIbeiro)

Durante a visita ao Batalhão, Nathally abraçava e acolhia a todos. “Estou me sentindo ótima. Gosto da polícia porque sempre estava na minha escola.” Reconhecimento que emociona e motiva quem lida diariamente com a dureza das ruas. “A criança tem na polícia um espelho. Há algo que chama a atenção delas no nosso ofício. Essa ação incentivou que famílias como a da Nathally começassem a ter interesse no nosso trabalho. Eles nos acolheram e isso é muito importante. Para nós, esse reconhecimento e essa referência nos dão força para exercer nossas atividades”, contou o sargento Henry Rebelo de Paiva, que atua na Base Comunitária e foi um dos realizadores da festa. “Eu sei que esse será um momento que ela vai guardar com muito carinho na memória. Eu espero vê-la daqui há alguns anos trabalhando conosco, realizando o sonho de se tornar uma policial militar. Quando você é acolhido, tudo fica mais fácil.”

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.