UFJF e UFMG buscam voluntários para estudo sobre diabetes

Pesquisa pretende melhorar a saúde de pessoas com pré-diabetes e diabetes por meio de atividades físicas e outras mudanças no estilo de vida


Por Nayara Zanetti, sob supervisão da editora Fabíola Costa

21/02/2023 às 09h57- Atualizada 22/02/2023 às 07h55

A pesquisa busca investigar se o exercício aliado às aulas de educação em saúde para mudança no estilo de vida seria capaz de produzir efeitos ainda melhores do que apenas a atividade física (Foto: Pexels)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) convoca voluntários para participar do estudo “Diabetes College Brazil”, que tem o objetivo de oferecer atividades físicas e outras mudanças de hábitos para que os portadores de diabetes tenham uma vida mais saudável. A pesquisa é realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de acordo com o programa desenvolvido no Instituto de Reabilitação de Toronto (TRI) da University Health Network (UHN), no Canadá.

O objetivo dos pesquisadores é avaliar a efetividade de um programa de educação para mudança no estilo de vida e exercício físico para a melhora das condições de saúde em pessoas com pré-diabetes ou diabetes. A prática de atividades físicas já faz parte do tratamento de diabetes, mas o que esta pesquisa busca investigar é se o exercício aliado às aulas de educação em saúde para mudança no estilo de vida seria capaz de produzir efeitos ainda melhores do que apenas a atividade física. Quem está coordenando este estudo no Brasil é a professora da Faculdade de Fisioterapia da UFJF Lilian Pinto da Silva.

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Os voluntários precisam ter mais de 18 anos e ter sido diagnosticados com pré-diabetes ou diabetes tipo 1 ou 2. Além disso, é importante não ter contraindicação ou limitação para realizar exercício físico, como, por exemplo, a caminhada. Para isso, é necessário apresentar atestado de liberação médica. O tratamento dura cerca de 12 semanas.

“Essas pessoas não podem estar realizando exercício físico de forma sistematizada, isso quer dizer que elas não podem estar se exercitando com supervisão profissional e acumulando 150 minutos de exercício aeróbico por semana. Além disso, não podem ter alguns problemas cardíacos, mas isso tudo nós avaliamos antes do início da participação na pesquisa”, explica a equipe.

Como funciona a pesquisa?

Na prática, o voluntário pode escolher receber o tratamento de forma presencial ou remota. Ele será submetido a avaliação inicial onde será realizada uma entrevista para coleta de dados sociodemográficos, informações sobre a doença e medicações, realização de alguns testes e questionários. A partir daí o tratamento começa de fato.

Se for presencial, no primeiro mês o treino supervisionado acontecerá duas vezes por semana. Já no segundo e no terceiro mês, uma vez por semana. Os horários disponíveis são segunda e quarta de 7h às 8h30 ou de 9h às 10h30 e na terça de 16h às 17h30 ou de 18h às 19h30. Caso opte pela intervenção remota, o voluntário receberá mensagens sobre a realização do exercício físico semanalmente, também por 12 semanas. Depois dessas 12 semanas, será feita uma nova avaliação.

Os pacientes que se enquadram nos requisitos e tenham interesse em participar do programa podem entrar em contato com os pesquisadores por meio do WhatsApp (32) 99870-0102 ou pelo email diabetescollegebrasil@gmail.com.

Brasil é o país com mais incidência de diabetes na América Latina

No total de 15,7 milhões de pessoas adultas são portadoras de diabetes no Brasil, o que coloca o país em primeiro lugar na incidência da doença na América Latina e em sexto no mundo inteiro. De acordo com o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), a estimativa é de que a doença alcance 23,2 milhões de adultos no país até 2045. Para ter uma boa convivência com a doença, a recomendação dos pesquisadores é realizar o monitoramento e a adaptação para uma vida mais saudável.

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