Alerta para caramujo africano
Um alerta sobre cuidados e formas de coleta do caramujo em residências e logradouros foi divulgada pelo Setor de Zoonoses da Prefeitura de Juiz de Fora. A preocupação se refere, principalmente, ao caramujo africano, que, ao contrário do nativo, não tem predadores e é responsável por transmitir doenças, como a meningite eosinofílica, contribuindo para a destruição do equilíbrio ecológico. O veterinário José Geraldo de Castro Júnior explica que, apesar de não ter registros de pessoas infectadas na cidade, a prevenção é o melhor caminho para eliminar a proliferação do molusco.
“O caramujo africano é uma espécie que foi trazida para o Brasil na década de 1980, com intuito de substituir o escargot, no entanto, não foi bem aceito. Devido à grande capacidade de adaptação, tornou-se uma praga urbana, muito associada à presença de lixo, a lotes vagos e terrenos vazios. É muito comum atendermos ocorrências, principalmente em épocas de chuva, em locais úmidos. Por ser um molusco, não fica diretamente exposto ao sol”, explica Castro.
Segundo o especialista, para conter a proliferação da espécie, é necessário manter lotes sempre limpos e capinados. No caso da identificação de um caramujo, o recolhimento pode ser realizado tanto pelo próprio cidadão, a partir de orientações do Setor de Zoonoses por telefone, ou solicitando uma visita de técnicos à residência. José Geraldo explica ser ideal a utilização de uma luva ou de duas sacolas envoltas na mão. “A pessoa pode mergulhar o caramujo em uma solução de água sanitária ou cloro para três partes de água em balde tampado. No prazo de 30 minutos ou uma hora, ele poderá ser descartado em lixo comum dentro de um saco plástico. Outra solução é colocar dentro de um saco e triturar o animal com uma vassoura ou outro instrumento e colocá-lo no lixo.”
Como diferenciar
Para diferenciar o caramujo nativo do africano, o primeiro passo é observar as conchas. No caso do caramujo nativo, elas são mais delineadas e bem acabadas do que as do africano, que são mais alongadas e possuem mais giros. Além disso, o caramujo africano possui cor marrom, próximo à coloração da terra. Devido ao estado de alerta contra a dengue, as conchas do animal também não devem estar expostas às chuvas, para não acumular água e se tornar um potencial criadouro de larvas do mosquito. O telefone do Setor de Zoonoses é 3690-7030.