Preso suspeito de enforcar mulher após baile funk
Foi preso nesta quarta-feira (20) um homem de 34 anos suspeito de ter matado Janaína Batista, de 27 anos. O corpo dela foi encontrado boiando no Rio Paraibuna, na altura do Bairro de Lourdes, Zona Sudeste, em 29 de dezembro do ano passado, em estado de decomposição. A vítima estava com um sutiã na boca e apresentava marcas de agressão, e, segundo o laudo de necropsia, a morte foi ocasionada por asfixia devido a um enforcamento. O suspeito foi preso, no final da manhã desta quarta, pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios em função de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Ele foi conduzido para a unidade policial onde prestou depoimento e negou o crime. Mesmo assim, foi levado para o Ceresp.
De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, a apuração foi difícil, já que partiu do zero, pois, na época, o único fato concreto era o corpo da vítima. “Com a investigação, conseguimos chegar a imagens e fotos da pessoa que acompanhava a vítima no baile funk, onde ela foi vista pela última vez. A família dela registrou o desaparecimento três dias depois. Todavia, com o trabalho de campo e os depoimentos colhidos, chegamos ao suspeito. Segundo as informações que recebemos, no dia do desaparecimento de Janaína, ele estava muito exaltado e demonstrando ciúmes. Ele reclamava da roupa dela e de seu comportamento. As testemunhas disseram que a vítima recebeu ameaças do tipo: se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”, ressaltou o delegado.
Rolli informou que a autoria foi definida em abril, quando foi solicitada a prisão temporária dele junto à Justiça. Entretanto, a prisão só foi decretada este mês. “Diante disso, fizemos um trabalho para achar o paradeiro dele, já que nem tínhamos seu endereço”, afirmou o policial, acrescentando que outras mulheres ouvidas relataram que foram ameaçadas por ele. Inclusive, receberam ameaças de enforcamento. “Ele já tem um histórico de violência contra mulheres e medidas protetivas contra ele”, pontuou.
Conforme Rolli, nesta quinta o inquérito deverá ser relatado, com a finalidade de pedir a transformação da prisão temporária em preventiva. Ele também destacou que foi colhido material genético no órgão genital da vítima para comprovar se houve crime de estupro. “Esse exame é realizado em Belo Horizonte e é demorado, porque requer perícia química”, explicou o delegado, acrescendo que esse laudo será posteriormente anexado ao processo.