Suspeito de espancar advogada depõe na delegacia


Por Tribuna

20/03/2015 às 16h16

O homem de 40 anos suspeito de espancar brutalmente uma advogada, 30, por não aceitar o término do relacionamento, foi conduzido do Ceresp à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no Bairro Jardim Glória, região central de Juiz de Fora, para prestar depoimento na manhã desta sexta-feira (20). A delegada responsável pelo inquérito, Ângela Fellet, afirmou que o episódio violento já está sendo tratado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio.

O caso foi publicado pela Tribuna no dia 7, mostrando que a vítima e seus familiares buscavam descaracterizar o crime de lesão corporal, como registrado no boletim de ocorrência dia 3 de fevereiro, a fim de enquadrar o suspeito em tentativa de homicídio devido à gravidade das agressões feitas com um bastão de madeira. A mulher sofreu afundamento de crânio, fraturas no braço direito e na mão esquerda, além de hematomas pelo corpo e danos psicológicos. Ela ficou 12 dias internada.

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“Esse investigado tinha um relacionamento com a mulher há cerca de três anos. Após a separação, ele foi até a residência dos pais dela (na região Nordeste), e a agrediu fortemente com pauladas na cabeça e nos braços. Ela ficou com muito sangue, caída ao solo, e foi socorrida por populares. Representamos pela prisão preventiva dele, e ele foi preso na cidade de Rio Pomba (no dia 26 de fevereiro)”, contou a delegada.
Esta semana, a OAB Subseção Juiz de Fora anunciou que vai arcar com o tratamento médico e apoiar as medidas judiciais relacionadas ao caso da advogada.

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Crime na feira

Outro crime grave de violência doméstica em que o homem agrediu a ex-companheira por não se conformar com o fim da relação também está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher. A Polícia Civil está à procura do suspeito, 34, que esfaqueou uma mulher, 25, pelas costas em plena feira livre da Avenida Brasil no dia 1º de fevereiro. Segundo as investigações, após desferir as facadas, o criminoso ainda tentou jogar a vítima no Rio Paraibuna, mas foi impedido pela irmã dela.

Mesmo depois da tentativa de homicídio, o homem continuou perseguindo a ex, indo frequentemente ao trabalho dela, em uma loja na região central, onde fazia ameaças de morte. Diante do perigo, a funcionária se viu obrigada a pedir demissão, temendo por sua segurança. Segundo Ângela Fellet, a prisão preventiva do suspeito já foi requerida, mas ele ainda não foi localizado. “Vamos continuar com as diligências para prendê-lo.”

Conforme a titular da especializada, a Polícia Civil está dando uma resposta para a sociedade e essas vítimas. “Esse tipo de delito não pode acontecer. Vamos evitar ao máximo que essas ameaças se consumam em homicídios e crimes mais graves. Toda vez que nos depararmos com estupros e crimes graves vai ter resposta, com pedidos de mandados de prisão e de busca e apreensão se for o caso.”

Segundo a delegada, para a violência não chegar a situações extremas como essas, a vítima deve ficar atenta aos primeiros sinais. “Eles costumam começar com ameaças e agressões. Na primeira ameaça, lesão ou atitude estranha, a mulher deve vir à delegacia, fazer o registro de ocorrência, pedir as medidas protetivas que, por lei, devem ser deferidas por um juiz em um prazo de 48 horas. Caso haja o descumprimento dessas medidas, pode ser decretada a prisão preventiva do investigado.”

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A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher fica na Casa da Mulher – Centro de Referência, na Rua Uruguaiana 94, no Bairro Jardim Glória. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3690-5559.

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