Lojistas e PJF buscam melhorias para Praça do Riachuelo

Dois representantes do Santa Cruz Shopping se reuniram com secretários da Prefeitura, na segunda-feira (19), a fim de tratar medidas para a revitalização da Praça do Riachuelo. De acordo com a Administração Municipal, durante o encontro, o secretário de Governo, José Sóter de Figueirôa, ponderou sobre a importância da participação de todos. “Os titulares da Empav e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) saíram da reunião com a missão de se debruçar sobre as possibilidades de parceria com o shopping, considerando os aspectos legais e, claro, quais as eventuais contrapartidas da PJF. É muito importante quando a iniciativa privada procura o Poder Público a fim de firmar parcerias que são benéficas para a população”, ressaltou Figueirôa. Também participaram da reunião representantes das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Administração e Recursos Humanos, Segurança Urbana e Cidadania e Guarda Municipal. O grupo deixou agendado, para 6 de março, um novo encontro.

“A avaliação é de que a reunião foi proveitosa. A administração do Santa Cruz Shopping agora vai apresentar à Prefeitura as reivindicações dos condôminos e vizinhos de comércio na nova reunião marcada para março, por escrito. Mesmo não fazendo parte do shopping, muitos comerciantes nos relatam e nos procuram para, em uma ação conjunta, melhorar as condições do entorno junto à Prefeitura, haja visto que todos estão sendo prejudicados pelas más condições da praça e adjacências”, afirmou o administrador do shopping Luciano Sobrinho.

Um dos primeiros lojistas do shopping, com permanência no local há 27 anos, Marcos Antônio Machado, esteve na reunião e defende a necessidade de melhoraria na área como um todo, com intervenção no paisagismo, no piso e na estrutura do ponto de ônibus, na Rua Jarbas de Lery Santos, para que as pessoas voltem a circular naquela região com segurança. Ele considera que, se o logradouro estivesse em melhores condições de conservação, serviria como atração turística. “O chafariz, por exemplo, quando funcionava, atraía as pessoas e isso deve retornar. Hoje a praça se encontra em estado de degradação. Antes a ‘esquina dos aflitos’ funcionava na Rua Halfeld e agora está aqui, com aquela venda de mercadoria, causando desordem. Além disso, há a questão da grande concentração de moradores em situação rua e, o pior, que é o tráfico de drogas e a prostituição. O memorial das armas estava com problema de lâmpadas de iluminação, ficando totalmente no escuro, deixando o local ainda mais degradado.”

Conforme o lojista, o cenário de abandono da praça, agravado pela violência, tem afastado do shopping não só o público de Juiz de Fora, mas de toda a Zona da Mata. “Houve um homicídio na Rua Roberto de Barros e mais um, na semana passado, na Avenida Getúlio Vargas, muito perto daqui. Isso tudo tem gerado um descaso da clientela com o shopping. Hoje lojistas são abordados na praça, ocorrem assaltos no entorno. Isso repercute de maneira negativa, levando as pessoas para outros shoppings, e temos uma grande importância em receita e tributo e de geração de renda e empregos para cidade”, reclamou, acrescentando que uma parceria entre o shopping e o Poder Público pode mudar essa situação.

Em reportagem publicada no último dia 16, a Tribuna mostrou que a Praça do Riachuelo, ao longo dos anos, se tornou um lugar para o registro frequente de uso e venda de entorpecentes, prostituição e casos de roubos e furtos, além de palco para venda de produtos ilícitos. A reunião ocorrida na segunda-feira é um pleito antigo dos lojistas do Santa Cruz Shopping, que, desde janeiro de 2017, tentam levar à Prefeitura uma proposta de parceria para ajudar na conservação e manutenção da praça.

Operação
Nesta terça-feira, a 30ª Cia da Polícia Militar, responsável pelo policiamento no Centro, realizou uma operação na praça, juntamente com os fiscais da Secretaria de Atividades Urbanas. O objetivo foi combater o comércio irregular e a prática de crimes na área. Durante a ação, duas pessoas foram presas: uma pelo porte de um facão e outra por tráfico de drogas.