Polícia Civil chega a 7 suspeitos de 9 homicídios e tentativas


Por Sandra Zanella

19/10/2016 às 12h27- Atualizada 20/10/2016 às 10h14

Delegados falaram sobre as apurações dos crimes (Foto: Fernando Priamo 19-10-2016)
Delegados falaram sobre as apurações dos crimes (Foto: Fernando Priamo 19-10-2016)

A Polícia Civil apresentou na manhã de ontem sete jovens, com idades entre 18 e 25 anos, suspeitos de praticarem nove crimes violentos contra a vida, incluindo cinco homicídios e quatro tentativas de assassinato. Três rapazes foram capturados durante operação deflagrada pela Delegacia Especializada de Homicídios na terça. Eles teriam envolvimento em três mortes ocorridas desde julho na região dos bairros Parque das Torres, Jóquei Clube II e III. De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, o trio faz parte de uma gangue que aterroriza e intimida os moradores daquela área. Outros dois integrantes do grupo já foram identificados, mas ainda não foram localizados.

Um dos crimes que teria sido cometido pelo bando aconteceu no dia 10. Jonathan Samuel Machado, 27, foi executado com seis tiros dentro de seu carro e na porta de casa, na Rua Felício Pifano Neto, no Parque das Torres. No dia do homicídio, a PM recebeu informações de que grupo ainda estaria agindo de forma violenta para expulsar moradores de suas casas e transformá-las em pontos de tráfico. Segundo Rolli, a gangue ainda estaria ligada a ocorrências de disparos, roubos e ameaças.

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Outra vítima foi Weslley Robson dos Santos, 34, assassinado com cinco tiros, no dia 25 de agosto, no Jóquei Clube II. Ele estava na calçada da Rua Sebastiana Rosa Freitas, quando foi surpreendido por disparos. Já no dia 30 de julho, Fabrício Domingos Mendonça, 23, foi morto com quatro tiros no Jóquei Clube III. Ele era morador do Parque das Torres e havia saído de casa para comprar um lanche, sendo surpreendido por dois bandidos armados na Rua Sargento Antônio Damião. O titular da delegacia enfatizou que o bando também é investigado por outras mortes. “Trata-se de um grupo criminoso que vem atuando de forma incessante na Zona Norte, intimidando moradores e comerciantes, levando o terror. Eles vão responder por homicídio qualificado, formação de quadrilha e outros crimes que possam surgir no curso do processo.”

Morto por engano
Os outros quatro suspeitos apresentados ontem já estavam presos no Ceresp, mas também tiveram suas prisões preventivas decretadas em decorrência dos crimes violentos. Três jovens teriam praticado dois homicídios e duas tentativas de assassinato na região do Dom Bosco, na Cidade Alta. Eles também estariam amedrontando a população exibindo armas e cometendo crimes em locais movimentados, como a Avenida Olegário Maciel.

Conforme o delegado, as investigações revelaram que o sapateiro Luiz Cláudio Mendonça, 56, foi morto por engano, no dia 20 de agosto. Ele teria sido confundido com um sobrinho ao ser surpreendido pelos ocupantes de um carro e alvejado com vários tiros, na porta de casa, na Rua Professor Inácio Werneck, quase esquina com a Olegário Maciel. Outro assassinato desvendado que chocou a vizinhança na Olegário foi o de Caio Vinícius Félix dos Santos, 27, executado com cinco tiros, no dia 31 de julho, no trecho da avenida entre o Paineiras e a divisa com o Dom Bosco. “Foram crimes bárbaros, e estamos dando uma resposta”, disse Rolli.

A Polícia Civil também apresentou um jovem detido pela equipe na semana passada por envolvimento em duas tentativas de homicídio ocorridas em 2015 na região do Bairro São Bernardo, Zona Sudeste. O delegado reforçou que os homicídios não ficarão impunes. Ele lembrou que os cinco assassinatos ocorridos em uma onda de violência na última semana já estão apurados. “Queremos buscar a paz social para todas as regiões e vamos fazer operações constantes.”

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