Polícia Civil de JF cumpre mandado contra Baleia Azul

Investigação partiu da Polícia Civil do Rio de Janeiro e culminou em mandados cumpridos em 24 endereços de oito estados


Por Eduardo Valente

19/07/2017 às 19h53- Atualizada 19/07/2017 às 19h55

A Polícia Civil em Juiz de Fora cumpriu mandado de busca e apreensão em um apartamento do Bairro Santa Helena, região central, durante investigações sobre participantes do jogo “Baleia Azul”. A ação fez parte de uma operação maior desenvolvida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, intitulada “Aquarius”, que teve como alvo 24 endereços em Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. No estado, além de Juiz de Fora, foram desmanteladas ações em Belo Horizonte e Sete Lagoas, na região central.

Ninguém foi preso na cidade e, de acordo com a assessoria de imprensa do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora, um computador e um celular foram analisados, “mas não foram encontrados indícios de que teriam sido utilizados no jogo”, no entanto, as investigações vão prosseguir no Rio de Janeiro. Não foi informado se a ação local tinha como alvo autor ou vítima do jogo.

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O mandado foi cumprido na última terça-feira (18), quando, no fim do dia, uma entrevista coletiva foi concedida no Rio de Janeiro. De acordo com a titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio, Daniela Terra, um homem de 23 anos foi preso em Nova Iguaçu, na baixada fluminense, suspeito de aliciar 40 crianças e adolescentes para o jogo, embora ele tenha admitido ser o mentor de 30. Algumas delas, segundo a delegada, estavam em estágio avançado no jogo macabro, prestes a cometer suicídio, e muitas apresentavam quadro de depressão. Outros suspeitos ainda são investigados. “Nosso inquérito foi totalmente atípico, pois começamos com uma investigação sem vítima ou autor. Começamos do zero, em um trabalho inovador e pioneiro no país. O nosso foco inicial foi preventivo, para evitar que jovens morressem”, disse a delegada.

Baleia Azul
O jogo da Baleia Azul é desenvolvido por “mentores” que aliciam crianças e adolescentes nas redes sociais e as convencem a participar de uma série de 50 desafios diários, como assistir filmes de terror psicodélicos, se manter acordado nas madrugadas e cortar os braços com lâminas. O último desafio é o suicídio.

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