Moradores de prédio ameaçado reclamam de desassistência


Por Guilherme Arêas

19/02/2016 às 17h16

[Relaciondas_post] As famílias desalojadas do prédio que ameaça desabar no Bairro Jardim dos Alfineiros, Zona Norte de Juiz de Fora, alegam que as reservas do hotel pago pela construtora Sanlus Domine Engenharia Ltda terminam nesta sexta-feira (19). Após essa data, os moradores que dependem do custeio afirmam que não têm para onde ir. Desde terça-feira, proprietários dos apartamentos vinham passando a noite no César Park Hotel, no Centro da cidade. “A Justiça determinou que a construtura pagasse as diárias no hotel ou então o aluguel, mas ninguém nos fala o que será feito agora”, reclama o porta-voz dos moradores, José Fernandes da Silva. Quatro inquilinos e uma lojista, assim como os proprietários da casa interditada ao lado da edificação, não teria recebido as diárias no hotel. Estes estariam arcando com aluguel com meios próprios.

Segundo José Fernandes, a vigilância 24 horas que a construtora havia contratado, também após determinação judicial, não está sendo executada. “O prédio está entregue para qualquer um entrar, roubar e fazer qualquer coisa”. Na manhã desta quinta, a Sanlus Domine entregou à Defesa Civil o projeto de obra para escoramento da edificação, que fica na Rua Custódio de Rezende Bastos. Para o início efetivo das obras, a empresa precisa agora apontar um responsável técnico que vai assinar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Até o final da tarde desta sexta, a construtora ainda não havia indicado o profissional, conforme a assessoria de comunicação da Defesa Civil. “Até quando vão ficar empurrando com a barriga? Por que o engenheiro responsável pelo prédio, que também é sócio da firma, não pode assinar a ART?”, questiona José Fernandes da Silva.

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A Tribuna vem tentando contato com a empresa, por meio do telefone disponível na internet, mas não consegue. A reportagem também tentou falar diretamente com a proprietária da construtora, por meio do telefone residencial, mas a informação repassada é de que ela mora em um sítio onde não pega sinal de telefone.

 

 

 

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