Novo secretário de Saúde debate situação do Hospital Regional em BH
Paulo César Oliveira quer solução para unidade hospitalar, cujas obras estão paradas na Zona Norte
Durante a entrevista à Rádio CBN, o secretário de Saúde, Paulo César Oliveira, também debateu sobre outros temas relacionados à saúde pública em Juiz de Fora. Substituto de Elizabeth Jucá, Paulo César destacou que, desde quando assumiu, há duas semanas, tem feito reuniões e articulado ações para sua gestão.
Na pauta de discussões, o caso do Hospital Regional está na agenda dos próximos dias. Nesta sexta-feira (18), o titular se encontra, em Belo Horizonte, com o secretário Adjunto de Estado de Saúde, José Farah Júnior, para discutir, entre outras questões, a situação da construção da unidade, parada há vários anos, e articular ações que, segundo ele, possam ajudar e dar efetividade à sua gestão. Além disso, na próxima quinta-feira (24), Paulo César deve se reunir com o deputado federal Marcus Pestana (PSDB) para outras articulações.
Sobre o imbróglio que envolve para a construção do hospital, o secretário acredita que uma parceria privada pode ser “muito positiva” para a efetivação da unidade. “Existem algumas evidências acadêmicas e científicas que afirmam que (o Município), enquanto gestor do SUS, não consegue gerir, fiscalizar, controlar e, ao mesmo tempo, prestar o serviço. E as parcerias podem efetivamente nos ajudar. Isso com uma contratualização transparente, fiscalizada por todos os órgãos competentes, que devem monitorar e fiscalizar a gestão do contrato. Isso é plausível”, avaliou.
Paulo César lembrou que a cooperação já acontece em algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e que o contrato de serviços é efetivamente monitorado pela gestão municipal. “Vejo como uma boa saída para o SUS, dada a atual crise financeira que vivenciamos neste momento.”
Desafios decorrentes da crise econômica
Sobre desafios decorrentes da atual situação econômica do Estado, Paulo César afirma que a saúde em Juiz de Fora é bastante afetada, principalmente pelo fato de o município ser referência na região. “A atual situação financeira do Estado interfere efetivamente na resolutividade das questões de saúde. Se eu penso em efetividade, por exemplo, para o serviço de urgência e emergência é mais de um milhão de habitantes. Juiz de Fora atende 94 municípios da macrorregião e 37 da micro, quando você pensa em demanda de alta complexidade. Então isso é um desafio para a gente, exige recursos”, afirmou.
Também citada por ele como uma das áreas que necessita de ações efetivas, a atenção primária deve ser priorizada, sendo as ações avaliadas e otimizadas para o projeto dos próximos dois anos. “Se eu efetivamente implemento ações de resolubilidade na atenção primária, a população tem acesso, eu consigo diminuir a demanda na urgência e emergência, e também nas especialidades.”
Dentro deste projeto, o que deve ser novamente discutido na próxima semana é o novo modelo de marcação de consultas. Iniciado na segunda metade do ano passado, o projeto não foi efetivamente implantado, conforme avaliou o secretário. “Estamos debruçados desde o início do ano sobre como viabilizar de forma efetiva esse serviço. Ainda não está 100%, mas estamos buscando alternativas e saídas para solucionar os problemas. Na próxima segunda ou terça-feira, iremos dar um retorno à população”, garantiu.
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