30% têm chance de efetivação no comércio
As contratações de fim de ano em Juiz de Fora estão mais enxutas e menos diversificadas em 2016. A expectativa é que sejam criadas 600 vagas no comércio. Outros setores, como indústria e serviços, não devem abrir oportunidades, apenas realizarem reposições de funcionários. O número mostra uma redução de 40% da oferta em comparação com 2015, quando foram abertas mil vagas. Se comparado a 2013, a queda chega a 70%. Naquele ano, o número de postos chegou a dois mil. Apesar do cenário atual ser menos favorável, ainda há chances para quem busca uma oportunidade de emprego. A margem de efetivação dos trabalhadores temporários se mantém em 30%, o que significa que 180 vagas podem ser incorporadas ao mercado local.
Na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, a redução de vagas era esperada. “O setor continua retraído, e a queda nas contratações tem ocorrido em todo o país.” Mesmo assim, ele acredita na retomada. “O processo é lento, mas o empresário é otimista. Nós demitimos ao longo do ano para ajustar as empresas ao mercado, mas agora há um sinal acanhado de melhora. As contratações, mesmo que em menor quantidade, mostram isso. Quanto mais pessoas empregadas, maior é o consumo, e mais fácil sairemos desse cenário de crise.”
Segundo ele, as lojas de vestuário e acessórios, brinquedos e calçados são as que mais se beneficiam com o Natal e, por isso, devem ser a principais ofertantes de vagas. As contratações temporárias estão ocorrendo de forma tardia em relação aos anos anteriores. “Antes as seleções começavam em setembro. Este ano, foram abertas em outubro e vão se intensificar agora em novembro.”
Orientações
Garantir a oportunidade como temporário e a posterior chance de efetivação exige preparo, conforme explicam especialistas na área. “A procura está bem maior do que a demanda de vagas. O perfil de quem busca emprego está muito diversificado. Há pessoas com diferentes níveis de escolaridade, algumas até com terceiro grau”, diz Frederico Lopes. “Há competências que são essenciais para quem vai atuar no comércio, como fluência verbal e bom relacionamento interpessoal”, orienta Giselle Loures. Eles ressaltam, ainda, a importância de não se criar um clima de disputa entre os trabalhadores que concorrem à vaga.