Polícia investiga hipótese de racha em acidente que matou sete pessoas na BR-040
Delegado notificou concessionária para que sejam liberadas imagens de três câmeras que ficam no trajeto feito pelos carros que participavam do suposto pega
Investigações da Polícia Civil apontam que o acidente que deixou sete mortos na BR-040, altura do Bairro Dias Tavares, Zona Norte de Juiz de Fora, pode ter sido causado por um racha, que seria disputado pelo motorista do Hyundai i30 e outros dois carros. De acordo com o delegado que apura o caso, Rodolfo Rolli, “tudo indica que ele (condutor do i30) tinha consumido substância entorpecente” antes do acidente e que ele teria envolvimento com tráfico de drogas. “Inclusive tinha saído do sistema prisional alguns dias antes do acidente”, comentou Rolli, em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (17), sem dar detalhes quanto à situação do suspeito na Justiça. Conforme o delegado, o condutor do i30, que possivelmente estava em alta velocidade, teria perdido o controle da direção na curva e acabou colidindo com o Celta. O i30 bateu com o lado direito do carro, onde estavam o irmão do condutor, 31, e a esposa do motorista, 20 anos, que estava grávida de seis meses. Os dois morreram, além do feto e de uma mulher de 20 anos, que também estava no veículo. O motorista não sofreu lesões e, em menos de 30 minutos, foi liberado do hospital, conforme o delegado. Rodolfo Rolli informou ainda que já oficiou a Concer para que sejam liberadas imagens de três câmeras que ficam no trajeto feito pelos carros que participavam do suposto racha. O condutor do i30 será ouvido até o fim desta semana, e os outros dois carros já estão identificados. O motorista pode responder por homicídio por dolo eventual, quando assume a o risco de matar.
O Hyundai i30 bateu de frente com um Celta, no km 769 da rodovia. Com o impacto, o i30 perdeu o controle e caiu em uma ribanceira. No Celta, que seguia no sentido Rio de Janeiro, viajavam cinco pessoas. Uma mulher de 29 anos e uma adolescente de 12 morreram no local. A comerciante Luísa Lúcia Franco, 51, chegou a ser socorrida, mas morreu na UPA Norte. Ainda no Celta, viajavam o filho de Luísa, 27, que foi socorrido no Hospital de Pronto Socorro (HPS), e seu neto, 1 ano, levado para a Santa Casa. Pai e filho continuam internados. Conforme a assessoria da Secretaria de Saúde, o homem de 27 anos segue em estado grave, sedado e entubado.
A família teria ido almoçar em um restaurante na BR-040 e voltava para casa. Eles eram moradores do Bairro Santa Cruz, onde eram muito queridos, conforme familiares ouvidos pela Tribuna. As mortes causaram comoção nas redes sociais e também na comunidade. Luísa era uma tradicional comerciante do Bairro Santa Cruz.