PJF e forças de segurança voltam a combater receptação de metais

Operação Hefesto V foi desencadeada em cinco ferros-velhos dos bairros Ladeira, Manoel Honório e Progresso; nove autos de infração são emitidos


Por Sandra Zanella

17/01/2023 às 16h25

Os ferros-velhos seguem na mira da fiscalização. Nesta terça-feira (17), aconteceu mais uma edição da operação “Hefesto”, deflagrada pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em conjunto com as polícias Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros. Na quinta fase, as ações foram concentradas em cinco diferentes pontos dos bairros Ladeira, Manoel Honório e Progresso, na Zona Leste da cidade. O objetivo é combater a receptação de fios de cobres e outros materiais metálicos de valor, para coibir os furtos, além de constatar se os estabelecimentos que comercializam esses produtos estão regularizados.

Ao todo, foram emitidos nove autos de infração: três por não haver alvará de localização; três por ausência de cadastro para comercialização de cobre; dois por obstrução de via pública; e um por falta de cobertura para guarda de material comercializado. Também foram lançados quatro autos de notificação para orientações relacionadas à Lei 14.391/2022, pela qual empresas passaram a ser obrigadas a manter cadastro atualizado dos fornecedores dos itens adquiridos, origem, quantidade e data de compra para apresentação aos órgãos fiscalizadores. Apenas um dos ferros-velhos vistoriados nesta data não apresentou qualquer irregularidade.

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Segundo a PJF, os autos de infração serão julgados, acarretando em multas para os estabelecimentos. Em casos de reincidência, os ferros-velhos poderão ter seus alvarás suspensos e suas atividades interditadas.

Equipes estiveram em ferros-velhos de três bairros nesta terça-feira (Foto: Divulgação/PJF)

‘Só furtam porque têm onde e pra quem vender’

“Combater e responsabilizar os possíveis locais de receptação de produtos furtados e roubados, como no caso dos ferro-velhos, é combater o próprio crime antecedente. Só furtam porque têm onde e pra quem vender. Então ações como estas são de extrema importância para diminuir a criminalidade dessa espécie de delitos”, destacou o delegado Samuel Neri, por meio da assessoria da PJF.

Além dos policiais e bombeiros, a investida contou com homens e mulheres da Guarda Municipal, agentes de fiscalização e servidores do Demlurb. “A Operação Hefesto V é uma força-tarefa que busca combater o crime de receptação e inibir a prática de furto de cabos elétricos, tampos metálicos e demais materiais que vêm chamando a atenção das autoridades locais. Esses itens acabam em depósitos e ferros-velhos, alvos da ação conjunta”, pontua a Prefeitura, acrescentando que, devido ao valor comercial, os materiais metálicos dispostos em equipamentos públicos e privados passaram a ser alvos preferenciais de ataques.

O prejuízo se estende a serviços essenciais, como água, luz, internet e mobilidade urbana. Só no ano passado, por exemplo, a Cesama registrou 18 furtos em suas unidades espalhadas pela cidade, entre elevatórias de água, de esgoto e reservatórios, sofrendo custo extra de quase R$ 70 mil para os reparos e reposições. Já o prejuízo anual à Cemig gira em torno de R$ 1 milhão em Minas.

Edições anteriores

Na “Hefesto IV”, realizada no dia 15 de dezembro, 13 documentos de autuação foram emitidos a proprietários de ferros-velhos e depósitos de sucatas por irregularidades diversas. Outras três operações semelhantes já foram realizadas, duas em 2021 e outra em abril de 2022.

Flagrante

No dia 11 de deste mês, um homem, de 43 anos, foi preso em flagrante pela sexta vez pela PM sob suspeita de praticar furto de cabos de energia. Um comparsa, 31, também foi capturado durante patrulhamento pela Rua Batista de Oliveira, no Centro. A dupla utilizava várias cobertas para tampar parte da calçada, debaixo das quais havia uma caixa de passagem de cabos da Cemig e ferramentas sendo utilizadas no possível furto.

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“Com essa fiscalização nos ferros-velhos estamos tentando trazer mais segurança para a população, evitando os pequenos e grandes furtos, que possam vir a ocorrer. A PMMG também continua diariamente com ações pontuais de prevenção a este tipo de delito”, conclui o tenente Robson Neves, assessor do 2º Batalhão da PM.

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