Saúde alerta para necessidade de receber agentes de endemia

Os profissionais trabalham uniformizados, com crachá e bolsa da PJF


Por Renan Ribeiro

16/10/2019 às 07h00- Atualizada 16/10/2019 às 07h32

Alunos do Curumim participaram de caminhada junto a representante da Frente Parlamentar Mista de Combate à Dengue e da Secretaria de Desenvolvimento Social (Foto: Câmara Municipal/Divulgação)

Desde segunda-feira (14), os agentes de endemias da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) estão colhendo informações para o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa). A ideia, de acordo a gerente do departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde, Cecília Kosmann, é chamar a atenção para a possibilidade de um novo surto em 2020, com base nos dados de 2019. Já foram confirmados 13 óbitos em decorrência da doença, e foram registradas mais de 6.500 notificações de ocorrência da doença à Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os agentes vão percorrer 5.593 imóveis, em diversos bairros da cidade, em busca de focos do mosquito transmissor, e a população precisa receber esses trabalhadores.

“A partir do Liraa, temos um diagnóstico da situação do município. Isso ajuda a direcionar as ações. Por isso, é muito importante que as pessoas recebam os agentes, para que possamos tornar as medidas para o combate ao mosquito mais efetivas”, destaca Cecília. Ela ainda reforça que os agentes passam pelos imóveis verificando a presença de possíveis criadouro do Aedes. “Eles olham caixas d’água, ralos, geladeiras, banheiros que não são usados com frequência, vasos de planta ou qualquer outra coisa que acumule água. Eles também veem se há garrafas, latinhas e fazem tudo aquilo que já aconselhamos a população a fazer, por 10 minutos semanais. Eles eliminam criadouros, tratam os ralos com larvicida, se tiver necessidade, e também jogam biolarvicida nas caixas d’água. Isso é importante, porque 90% dos focos de dengue continuam dentro das casas.”

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Cecília explica que os agentes de endemias trabalham uniformizados, com o nome do trabalhador e a logo da Prefeitura destacados. Eles também carregam crachá com identificação e bolsa. Caso o cidadão tenha qualquer dúvida sobre esse trabalho ou sobre a veracidade das informações apresentadas pelos agentes, pode fazer a conferência por meio do ponto de apoio pelo telefone 3212-3070.

A gerente do departamento de Vigilância Epidemiológica ainda explica que se não houver parceria entre a Prefeitura e povo, pode haver um surto tão grande quanto aconteceu em 2010, 2013 e 2016, com um agravante: um novo sorotipo está em circulação, o DENV-2. “Nos surtos dos anos anteriores, o sorotipo era o DENV-1. Para esse, a maior parte da população desenvolveu anticorpos. Como agora temos o outro sorotipo, todas as pessoas, inclusive as que já tiveram dengue, estão suscetíveis a ter a doença novamente. O DENV-2 é naturalmente mais agressivo, mesmo para quem nunca teve a doença, e há chances maiores de o caso evoluir para um quadro mais grave.”

Ações nos bairros

Uma caminhada realizada na manhã dessa terça-feira, com a presença de 30 alunos do Curumim, levaram informações sobre o combate à dengue às ruas do Bairro Olavo Costa, na região Sudeste da cidade. Além dos estudantes, participaram da atividade a Frente Parlamentar Mista de Combate à Dengue e a Secretaria de Desenvolvimento Social, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da localidade.

Alunos do Curumim participaram de caminhada junto a representantes da Frente Parlamentar Mista de Combate à Dengue e da Secretaria de Desenvolvimento Social (Foto: Câmara Municipal/Divulgação )

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Tópicos: dengue

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