Cadela Amora pode ter sido atropelada por trem
Delegada não descarta hipótese de animal ter sido maltratado e amarrado aos trilhos
Investigação da Polícia Civil esclarece que a cadela Amora, encontrada morta no último sábado (12), debaixo do viaduto do Bairro de Lourdes, na Zona Sudeste, foi atropelada por um trem. Todavia, a delegada do Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-tratos a Animais, Larissa Mascotte, não descartou a possibilidade de o animal ter sido maltratado. Segundo ela, testemunhas contaram que viram a cachorra acompanhada de uma pessoa, ainda não identificada, na linha férrea, momentos antes do atropelamento. A delegada irá apurar se a cadela teria sido amarrada aos trilhos, uma vez que Amora não fugiu com a aproximação da composição.
Ainda conforme Larissa, o laudo que irá determinar a morte da cadela não ficou pronto, mas o profissional veterinário responsável já informou para a polícia que as lesões e fraturas no corpo do animal teriam sido provocadas pelo acidente. A cachorra da raça Chow chow foi encontrada sem olhos, o que, a princípio, sugeriu que a cachorra teve os glóbulos oculares furados. Porém, como informou a delegada, os olhos teriam vazado do crânio do animal devido à pancada na cabeça na hora do atropelamento.
“Além da proprietária do animal, já ouvimos, no inquérito, duas pessoas que presenciaram o momento em que a cadela foi atropelada pelo trem. Segundo essas testemunhas, havia uma pessoa que estava com a cachorra antes do acidente. Nossa investigação, agora, quer determinar quem era a pessoa, pois não descarto a possibilidade de maus-tratos, pois a cadela poderia estar amarrada aos trilhos”, ressaltou a delegada, acrescentando que sua equipe já foi ao local do atropelamento duas vezes a fim de recolher informações.
Na sexta-feira (11), quando Amora desapareceu, uma campanha para encontrá-la ganhou as redes sociais por iniciativa de pessoas ligadas à proteção animal, que agora querem justiça por meio da identificação e punição dos responsáveis pela morte da cadela, caso seja comprovado o crime. A mobilização no Facebook ainda pede que os usuários troquem suas fotos do perfil pela imagem da cadela. A ideia é não deixar que o caso fique impune e lembrar de outros episódios de violência contra animais.
A cachorra fugiu da casa de sua dona, por volta das 13h, no Bairro Santa Terezinha. De acordo com a proprietária, Paula Furtado de Mendonça, de 42 anos, o portão dos fundos da residência, que está em obra, ficou aberto para o serviço dos pedreiros, favorecendo a fuga do animal. Ela e seus familiares iniciaram uma busca pela cadela, que só foi encontrada no dia seguinte sem vida.