Mulher morre após ser baleada na cabeça na porta de casa de shows na Av. Brasil


Por Sandra Zanella

14/09/2015 às 11h15- Atualizada 14/09/2015 às 13h16

Atualizada às 13h10

Uma mulher de 34 anos morreu após ter sido atingida por um tiro na cabeça, na madrugada deste domingo (13), na porta da casa de shows Toca da Raposa, na Avenida Brasil, altura do Bairro Ladeira, na Zona Leste de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar, a bala que alvejou Cíntia Maria Santana foi disparada por dois frequentadores do espaço, que teriam sido retirados do local por seguranças, após uma briga, e retornado armados para atirar contra eles.

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Expulsa junto com outros envolvidos, a dupla voltou minutos depois em uma moto Honda, por volta das 4h, e abriu fogo contra os funcionários, atirando várias vezes. Eles danificaram o vidro da porta do estabelecimento e acabaram atingindo a vítima, moradora do Bairro São Sebastião, na Zona Leste. Conforme a PM, ela estaria na casa de shows e, por uma fatalidade, estava perto dos seguranças no momento dos disparos.

A mulher chegou a ser socorrida pelo Samu e foi encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde deu entrada em estado grave na sala de cirurgia. Ela não resistiu ao grave ferimento e faleceu às 6h40, menos de três horas depois, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde. O corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Cíntia foi sepultada na manhã desta segunda no Cemitério Municipal. Segundo familiares, ela deixou quatro filhos e uma neta.

De acordo com o comandante da 70ª Companhia da PM, responsável pelo policiamento naquela área, capitão Eduardo Rocha, “houve um princípio de confusão mais cedo, e os seguranças colocaram algumas pessoas para fora, em procedimento padrão. Só que dois homens voltaram, quebraram a entrada, talvez com algumas pedras, e atiraram na direção dos seguranças, mas acabaram atingindo essa mulher, que era frequentadora”.

Ainda conforme o capitão Rocha, a casa noturna não tem histórico de crimes violentos em seu entorno, e o policiamento naquela região é feito de forma constante por meio de viaturas. “Voltaram para se vingar dos seguranças e, infelizmente, aconteceu essa tragédia”, finalizou o policial. Peritos da Polícia Civil estiveram no local do crime para realizar os levantamentos, e o caso seguiu para investigação na Delegacia Especializada de Homicídios. Os suspeitos foram pegos na manhã desta segunda, no entanto, detalhes da prisão só serão divulgados em entrevista coletiva com o delegado Rodrigo Rolli nesta tarde.

O presidente da Escola de Samba Unidos do Ladeira, responsável pela Toca da Raposa, Marcus Valério Mendes, enfatizou que o crime aconteceu do lado de fora do estabelecimento, que estava alugado para um evento de pagode. “O show já tinha acabado, e os caras (que atiraram) estavam na esquina.” Segundo ele, as imagens das câmeras de vigilância foram entregues à polícia e possibilitaram a prisão dos suspeitos. “Temos todo o tipo de segurança, inclusive com 26 câmeras, que gravam tanto a parte interna, quanto a externa.”

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Terceiro assassinato

Esse foi o terceiro homicídio registrado neste fim de semana. Os outros dois casos aconteceram na madrugada de sábado. Em Nova Benfica, Zona Norte, o sargento reformado da Polícia Militar José Carlos Leôncio, 51, foi alvejado por três tiros em um bar. Atingida por um disparo na cabeça e dois no tórax, a vítima não resistiu e morreu no HPS. Dois suspeitos foram presos. Junto com mais um ou dois comparsas, eles teriam cercado o homem no estabelecimento após descobrirem que ele era policial. Um revólver calibre 22 foi apreendido.

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Já no Bairro JK, Zona Sudeste, Fábio da Silva Costa, 35, foi assassinado com sete tiros dentro de casa. Segundo a PM, a mãe da vítima relatou que ouviu barulho de disparos e, ao entrar no quarto do filho, o encontrou sobre a cama. O Samu constatou o óbito.

 

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