PM reformado é detido por ameaçar funcionários de unidade de saúde


Por Sandra Zanella

14/04/2015 às 15h57- Atualizada 14/04/2015 às 15h59

Um policial militar reformado de 54 anos recebeu voz de prisão na manhã desta terça-feira (14) por suspeita de ter ameaçado com uma arma de fogo funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, no Bairro Benfica, em  Juiz de Fora. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela PM, por volta das 6h30, o policial da reserva chegou à unidade levando o sogro dele, 86, para atendimento devido a um aneurisma abdominal. Ele relatou à PM que seu parente teve o atendimento prejudicado devido à demora dos profissionais e, indignado pelo fato de dois deles estarem com apenas um paciente, discutiu com um dos enfermeiros, questionando se seu sogro não teria prioridade devido à idade.

Já o profissional de saúde envolvido, 32, disse aos militares empenhados na ocorrência que o PM reformado chegou exaltado ao local querendo prioridade para seu familiar e, ao ser informado que precisava aguardar o término do atendimento, ele teria sacado uma arma e o ameaçado.

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Quando os militares chegaram ao local, o PM reformado se apresentou e contou o ocorrido. Ele negou ter sacado uma arma durante a discussão. Os policiais chegaram a realizar buscas no homem e no carro no qual ele havia chegado à UPA, mas nenhum armamento foi localizado. O militar da reserva disse aos policiais que a suposta arma teria sido confundida com dois celulares que ele carregava na cintura.

Procurado pela Tribuna, o enfermeiro da UPA Norte responsável pelo turno em questão, Felipe Ribeiro, informou que o policial foi orientado a aguardar por instantes a triagem e que o sogro dele foi imediatamente atendido, permanecendo em observação. “Se não há risco de morte iminente, o paciente passa pela triagem, é o procedimento. Mas nesse curto espaço ele (militar reformado) gritou, agrediu fisicamente um funcionário com empurrão e sacou a arma para intimidar, alegando ser policial. ”

O PM da reserva, o enfermeiro e outros profissionais que presenciaram o caso, incluindo uma técnica de enfermagem e um vigia, foram conduzidos para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha.

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