Vídeo flagra coleta irregular de cão morto na Zona Sul de Juiz de Fora


Por Guilherme Arêas

14/01/2015 às 19h08- Atualizada 16/01/2015 às 13h10

Um vídeo feito pela estudante Débora Almeida, de 23 anos, publicado em seu perfil no Facebook, tem causado comoção nos usuários que o assistem. As imagens mostram o triste recolhimento do corpo de um cão na Rua José do Patrocínio, no Bairro Mundo Novo, Zona Sul de Juiz de Fora. De acordo com ela, o episódio aconteceu na última segunda-feira (12). O animal teria sido visto por vizinhos ainda no final de semana com algum possível problema de saúde. “Visivelmente, ele apresentava algum sintoma anormal, não sabemos se por motivo de envenenamento ou não.”

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Após perceber o óbito do cachorro, por volta das 8h de segunda, a secretária Maria Helena Almeida Santos, mãe de Débora, ligou para o Demlurb, solicitando o recolhimento do corpo do bicho, sendo informada que os carros disponíveis para o serviço estavam em outros atendimentos e que um veículo permanecia no estacionamento da companhia de limpeza devido a problemas mecânicos. Uma segunda ligação chegou a ser feita, e a nova informação era de que o animal seria retirado do local no período da tarde.

No entanto, ao invés do veículo adequado para este tipo de coleta, o cachorro foi transportado por um caminhão convencional. No vídeo é possível ver os garis jogando o animal dentro da caçamba do veículo e, em seguida, o compactador funcionando. Revoltada com a situação, a estudante pediu que uma amiga também ligasse para o Demlurb, buscando orientações a respeito de situações de recolhimento de animais mortos em via pública. Ela foi informada que o veículo destinado para este tipo de serviço iria ao local e, após preenchimento de um formulário pela pessoa que solicitou o atendimento, o animal seria encaminhado para o aterro sanitário. “Porém, tivemos uma surpresa. Achamos que o animal seria recolhido dignamente e seria enterrado. Mas o bichinho foi jogado no caminhão como um lixo qualquer, sem nenhuma compaixão e afeto”, postou Débora no Facebook. Ainda segundo a denúncia da estudante, a coleta na rua é feita terça, quinta-feira e sábado. “Portanto, na segunda-feira, não era dia do caminhão, que veio somente para esse fim.”

A assessoria de comunicação do Demlurb informou que o departamento mantém uma equipe especial para o recolhimento dos corpos de animais de grande e pequeno porte. Durante o caso apresentado, o setor estava realizando dois atendimentos na Zona Norte, impossibilitando a remoção imediata dos restos mortais. Ainda segundo o órgão, por questões de saúde pública, a equipe da coleta, em operação no local no momento da solicitação por telefone, foi acionada para avaliar o caso, e decidiu realizar a retirada como medida emergencial. Segundo o motorista encarregado da rota, outro motivo para o recolhimento do corpo pela coleta foi o intenso mau cheiro e o alto estágio de decomposição do animal falecido – que estava ainda sob a roda de um automóvel estacionado, com o risco de a situação agravar-se quando o veículo saísse da vaga.

Em casos como este, após a constatação da morte, o Demlurb solicita à população que entre em contato imediatamente com o departamento pelo telefone 3690-3500, para que o agendamento da equipe seja feito de forma ágil e não haja a necessidade de um recolhimento emergencial.

O departamento reforça que tem implantado uma política específica de respeito e proteção aos animais, inclusive com a proposta de criação de um conselho municipal específico, que conta com respaldo de várias ONGs de defesa animal da cidade. Entre os temas discutidos estão a criação do castra-móvel, a efetivação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a possibilidade de parcerias com as ONGs, por meio de convênios, e as reformas, que já estão em fase de conclusão, do Canil Municipal.

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