Pacote de contrapartidas pelo uso da linha férrea é enviado à ANTT

PJF priorizou 6 viadutos e uma ponte; Câmara incluiu outras obras para mobilidade, drenagem e segurança


Por Sandra Zanella

13/09/2019 às 20h00

Câmara pede melhoria na sinalização e alarmes nas passagens de nível (Foto: Marcelo Ribeiro/Arquivo TM)

Terminou, nesta sexta-feira (13), o prazo para os municípios encaminharem à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) as suas prioridades para receber os investimentos da MRS, como contrapartida da renovação do contrato de concessão para uso da linha férrea entre 2026 e 2056. No documento elaborado pelas comissões de Urbanismo e Especial MRS da Câmara Municipal foram incluídas obras para mobilidade urbana, transposição dos trilhos e drenagem, além de projetos de segurança. Entre eles está “estudo acerca da responsabilidade e riscos dos danos estruturais apontados por moradores em construções próximas à linha férrea”. O problema de rachaduras em alguns imóveis da Zona Norte foi mostrado pela Tribuna em matéria publicada na última quarta. Já a Prefeitura priorizou a construção de seis viadutos e de uma ponte para “driblar” a ferrovia, por meio de relatório montado por corpo técnico.

No quesito segurança proposto pela Câmara também estão melhoria na sinalização e alarmes nas passagens de nível, reestruturação e iluminação de passarelas já existentes, sendo esta última outra demanda da população apontada pela reportagem. O plano para mobilidade urbana prevê compartilhamento do leito da linha com transporte de passageiros municipal e intermunicipal; colocação de pisos de borracha nas passagens de nível; complemento das vias de ligação da Vila Ideal com o Acesso Sul (Avenida João Goulart) e da Cidade Alta com os bairros Monte Castelo e Fábrica; e o prolongamento da Rua Bernardo Mascarenhas, às margens da via, até a Avenida dos Andradas, no Mariano Procópio.

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Os locais para erguer viadutos sugeridos pelos parlamentares para transposição da ferrovia são: Rua Tereza Cristina (Mariano Procópio), Eduardo Weiss (Fábrica), Pinto de Moura (Poço Rico), entroncamento da BR-267 com a Avenida JK (Nova Era) e Praça CEU (Bairro Araújo). Com exceção do Poço Rico, a Prefeitura elencou as outras mesmas quatro obras viárias e ainda acrescentou a construção de viadutos na Avenida dos Andradas e no Distrito Industrial, além de uma ponte no São Dimas. No relatório, além das propostas, a PJF ainda aponta os objetivos e os possíveis obstáculos de cada intervenção.

A necessidade de drenagem já havia sido adiantada pela Câmara, que propõe ampliação das galerias dos córregos, sob o leito da linha, nos bairros Mariano Procópio, Carlos Chagas, Benfica, Santa Cruz e Nova Era. Na visão dos vereadores, um escoamento precisa ser criado na Rua Paulo Garcia com Avenida Antônio Simão Firjan, no Distrito Industrial, e é necessária uma revisão na drenagem do córrego do Yung. Ainda são sugeridas construções de galeria na Rua Feliciano Pena, paralela ao Córrego dos Ingleses, e de bacias de retenção de enchentes no mesmo local, no São Pedro e no Mariano Procópio.

“A ANTT vai sentar e verificar, mas entendemos que esse diálogo tem que ser constante, porque discutimos as prioridades para daqui a sete anos”, pontuou o presidente da Comissão de Urbanismo, vereador José Márcio (Garotinho – PV). A MRS Logística destinará R$ 2,2 bilhões para Minas Gerais, e o montante será repartido entre os municípios cortados pela malha ferroviária.

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