Colégio João XXIII reforça segurança após ameaças de “massacre na escola”

Instituição pública orienta pais e responsáveis sobre “onda” divulgada em redes sociais


Por Sandra Zanella

13/05/2022 às 15h59- Atualizada 13/05/2022 às 16h32

O Colégio de Aplicação João XXIII solicitou apoio da segurança da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) após a circulação de bilhetes com ameaças de “massacre na escola”. O comunicado oficial, direcionado aos pais e responsáveis, foi publicado na quinta-feira (12), na página da instituição federal de ensino. A direção pondera que a situação acontece em várias escolas do país. “Esses bilhetes também chegaram ao João XXIII e, embora seja uma ‘onda’ divulgada em redes sociais, consideramos irresponsável, causa impactos em nossa atenção e vigilância.”

Para o pai de um estudante de 11 anos do Colégio João XXIII, mesmo sem saber se é verdadeira ou falsa, a ameaça causa insegurança. “Parece que uma aluna recebeu essa carta do lado de fora e disse que um rapaz de capuz havia pedido para ela entregar na coordenação. Falava que dia 19 iria fazer um massacre na escola. Fiquei muito preocupado com meu filho que estuda lá.”

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Segundo ele, na última quarta (11), havia dois seguranças da universidade e uma viatura da Polícia Militar no colégio. “Mas depois desse dia, não vi mais guardas e nem ronda”, disse o pai. Já o João XXIII garante que todas as ações necessárias estão sendo tomadas. “Apesar de sabedores de que se trata de uma ação divulgada em várias redes e escolas, estamos tomando todas as medidas cabíveis, solicitamos segurança da universidade, estamos fazendo várias reuniões internas, com responsáveis e estudantes que receberam os bilhetes, e demais providências.”

A direção do João XXIII solicitou cautela aos pais e responsáveis. “Pedimos que nos ajudem para que essa situação não nos paralise e que não ganhe proporções que, ao invés de ajudar, espalham o medo e empoderam os que estão, de maneira irresponsável, espalhando o pânico e promovendo ameaças.” Por fim, a instituição ressaltou que não compactua com esse tipo de comportamento. “Estamos atentos e tomando todas as medidas e cuidados necessários para preservar a segurança de todos os nossos alunos e colaboradores.”

Repercussão nacional

Em seu comunicado na última quinta-feira, o Colégio de Aplicação João XXIII compartilhou link de matéria publicada pela Revista Crescer e postada pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp) sobre as ameaças de massacres em escolas.

Na matéria, são citados casos semelhantes no município de São Caetano do Sul, de São Paulo, e cidades do Estado de Alagoas e no Distrito Federal. “Nas últimas semanas, diversas escolas pelo Brasil, das redes pública e particular, vêm recebendo ameaças de massacres”, diz o texto. As frases foram divulgadas por meio de pichações no banheiro e em carteira escolar, sempre com uma data marcada para o possível atentado.

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