Construção de pontes de papel desafia graduandos

Sete equipes participaram de disputa, cujos critérios de avaliação envolvem peso suportado pela estrutura montada, eficiência e estética, entre outros


Por Renan Ribeiro

12/09/2018 às 22h00- Atualizada 13/09/2018 às 16h00

Os vencedores foram os grupos Breaking Bridge, Liga 3.0. e  Game of Pontes (Foto: Marcelo Ribeiro)

Cerca de 40 estudantes participaram da tradicional competição Pontes de Papel, promovida pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), durante a 41ª Semana de Engenharia. Divididos em sete grupos, com seis pessoas em cada um, os estudantes foram desafiados a fazer as pontes de papel-cartão com, no máximo, 30cm. Neste ano, a justificativa da ruptura da estrutura foi incluída como quesito de avaliação, já que a competição considera o peso que cada ponte suporta, entre outros critérios. Durante verificação das pontes, o momento em que elas se partiram foi gravado e a equipe pôde ver as imagens em câmera lenta. Logo depois, os discentes escreveram sobre qual foi o motivo da quebra. A premiação dos três melhores projetos foi feito na noite desta quarta-feira (12).  Em primeiro lugar ficou a Breaking Bridge, Liga 3.0. em segundo e  Game of Pontes em terceiro.

Cada uma das sete equipes trabalhou com duas folhas de papel-cartão. “Todos os papéis fornecidos pela organização são do mesmo lote, a fim de manter a igualdade nas propriedades do material. Os grupos também só puderam utilizar cola branca. O uso de colas mais fortes não é aceito. As pontes também não podem ser pintadas”, disse a estudante Thainá Faria Oliveira, que é integrante ativa do Programa de Educação Tutorial (PET) da Faculdade de Engenharia Civil, uma das organizadoras do evento.

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A avaliação foi dividida em duas etapas. As pontes foram expostas na UFJF e os alunos votaram para eleger o modelo mais bonito. Já a banca de professores montada para o concurso avaliou a exatidão do protótipo em relação ao projeto, a eficiência da ponte, a estética e a justificativa da ruptura. “A eficiência é medida em qual ponte consegue chegar mais próximo da meta de 10 quilos. Por exemplo: uma ponte ganharia nota máxima se ela se rompesse com dez quilos. Se a ruptura acontecer com oito quilos, ou 12 quilos, ganharia 80 pontos, porque estão afastadas duas casas, para cima ou para baixo do ideal”, esclarece Thainá.

Para a organizadora, a principal contribuição deste tipo de iniciativa é promover vivência prática do conhecimento. “É uma oportunidade de aplicação dos conceitos aprendidos na sala de aula, que podem ser, muitas vezes, muito abstratos, além da sensação de trabalhar em um projeto de engenharia, mesmo que de papel, ainda na graduação.” Os três primeiros colocados foram premiados respectivamente com R$ 350, R$ 250 e R$ 150.

Palitos de Picolé

Enquanto os alunos da UFJF tiveram que testar seus conhecimentos com papel e cola, as inscrições para o concurso que elegerá a melhor ponte feita de palitos de picolé, parte da programação do Minascon, seguem abertas até a sexta-feira (14). A iniciativa é realizada pela Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas (Fiemg), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon).

O protótipo de ponte mais resistente feito com os palitos e cola branca poderão premiar os vencedores com até R$ 2,5 mil. As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site www.minascon.com.br, e o público-alvo é formado por alunos de cursos técnicos em Edificações e Construção Civil, ou graduandos em Arquitetura, Engenharia Civil, Mecânica e de Produção.

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(Foto: Marcelo RIbeiro)

 

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Tópicos: educação

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